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Como gerir num mundo imprevisível?

Nesta primavera do hemisfério norte, milhares e milhares de pessoas se deslocaram para Boston, nos Estados Unidos, para participar da mais antiga maratona anual do mundo, realizada desde 1897.

A organização do evento exige a participação de um grande número de profissionais, de urbanistas a policiais, de médicos a socorristas, de contadores a especialistas em tecnologia da informação.

Tudo é feito com critério, capricho e muito cuidado. No entanto, durante a prova deste ano, explosões mataram três pessoas e feriram cerca de 150. O que era para ser um dia de diversão transformou-se numa jornada de horror.

Nestes momentos, os gestores se perguntam: como lidar com o imponderável? Outros embarcam na dúvida: será que vale mesmo a pena assumir tamanha responsabilidade?

É certo que muitos brasileiros dormiram preocupados com a questão. Afinal, teremos aqui, em breve, uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.

No caso de grandes eventos, as coisas geralmente dão errado por três motivos: acidente, sabotagem ou falha de planejamento.

Este último elemento, diretamente associado à gestão, é sempre um fator capaz de maximizar riscos. O planejamento inadequado torna qualquer atividade mais vulnerável a acidentes e sabotagens.

A Organização Internacional para Padronização determina que um plano de gestão de riscos crie valor, ou seja, o montante investido em prevenção deve ser menor do que o prejuízo causado pela falta de ação.

Mas isso não é jogar dinheiro fora? Na verdade, não. No longo prazo, uma ameaça não neutralizada deixa de ser uma possibilidade para se tornar uma certeza. O mundo viu isso, por exemplo, na Fórmula 1.

A entidade sugere que os gestores atuem com base nas informações mais confiáveis e atualizadas, definam incertezas, pensem de forma integral nos processos, realizem correções de rumo sempre que necessário e considerem a complexidade do fator humano na execução de tarefas.

Outra sugestão é que sejam transparentes e inclusivos. Neste caso, parece que se trata de um palavrório politicamente correto. Não é.

A transparência gera credibilidade e atrai colaboração, em qualquer área de atividade. Pessoas se sentem naturalmente dispostas a auxiliar instituições nas quais confiam.

Os processos inclusivos constituem um senso de responsabilidade compartilhada. Multiplicam os olhos atentos e cuidadosos.

Num grande evento, cada colaborador deve sentir-se parte do processo e responsável por ele.

Quando imbuído desse espírito, um voluntário vai logo comunicar seu líder imediato acerca de indícios de risco. Pode ser uma pilar da cobertura que parece enferrujado. Pode ser uma mochila estranha que foi deixada na lanchonete da área de entretenimento.

Nesses casos, portanto, um planejamento adequado, que inclua uma gestão redutora de riscos, pode evitar acidentes e frustrar planos de sabotagem.

A ordem, portanto, é pensar no todo, mapear vulnerabilidades e prevenir de forma sistêmica, efetiva e discreta, sem o alarde que geralmente desafia a mente criminosa.

Mais que tudo, no entanto, é preciso gerir as pessoas para que se engajem, desde sempre, na minimização dos riscos.

Coletivize esse compromisso. Afinal, a teoria, na prática, funciona.


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Site: www.carlosjulio.com.br

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