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Colunista

O que as empresas podem aprender com o caso Wikileaks?

Você já deve ter se perguntado: afinal, por que há tanta notícia sobre o tal de Wikileaks?

Não se assuste com a dúvida. Até bem pouco tempo atrás, eu também não sabia muito bem do que se tratava.

Na verdade, consiste numa organização que se utiliza do meio virtual para divulgar documentos, fotos, vídeos e outras informações confidenciais de governos e corporações.

O termo “wiki” tem origem no conceito de “muito rápido”, aplicado a uma experiência de produção coletiva e livre compartilhamento de informações.

A palavra “leak” tem o sentido de “vazamento”, ou seja, de divulgação não planejada ou autorizada.

Os canais do grupo na Internet são abastecidos por jornalistas, diplomatas dissidentes, ex-soldados, gênios em computação, matemáticos e até ex-executivos de grandes empresas.

Hoje, o Wikileaks disponibiliza milhões de documentos que estão deixando de cabelo em pé os governos de diversos países e também muitas lideranças corporativas.

Boa parte dessa fama teve origem no vazamento do vídeo em que se mostra claramente uma ação imprópria dos militares norte-americanos no Iraque.

Eles abrem fogo contra um grupo de civis na rua. Matam dois jornalistas da Reuters e ainda metralham uma perua que carregava crianças.

Agora, os “vazadores” anunciam que vão disparar sua munição contra empresas irresponsáveis. Na mira, aquelas que ganham com a corrupção, que destroem o meio ambiente e que não respeitam seus colaboradores.

Há poucos dias, uma bomba informativa foi atirada contra uma das maiores multinacionais farmacêuticas do mundo.

Os experimentos com um medicamento teriam causado a morte de 11 crianças e provocado danos graves à saúde de outras dezenas.

Despachos da Embaixada dos Estados Unidos revelam que a empresa usou detetives para coletar provas contra um membro do judiciário nigeriano e afastá-lo do caso.

Essas estratégias imorais teriam sido usadas para preservar a marca, evitar o julgamento e forçar um acordo amigável.

Nas próximas semanas, o grupo ameaça divulgar um enorme lote de documentos sigilosos de um grande banco dos EUA.

No dia em que foi feito o anúncio, as ações do Bank of America caíram 3%, refletindo o temor de parte da comunidade de investidores.

E não para por aí: após as ações dos EUA para desarticular o grupo, simpatizantes anônimos (muitos deles hackers) passaram a atacar duramente empresas envolvidas na operação, como Amazon, Visa e Mastercard.

Não quero aqui fazer qualquer apologia dos insurgentes virtuais, mas esse eventos nos oferecem uma lição valiosa.

Na era da plena informação, cada vez mais as empresas necessitarão aliar responsabilidade e transparência em suas atividades.

Os valores intangíveis certamente estão se convertendo nos maiores ativos das companhias, fundamentais à manutenção da credibilidade das marcas.

Essa revolução, já não tão silenciosa, está em curso. E exigirá uma mudança drástica nos métodos de governança corporativa, especialmente no que tange ao zelo na construção de condutas éticas e responsáveis.

Se a comunicação livre é fator fundamental da boa gestão, indispensável à construção de bons negócios, também é certo que será uma pedra no sapato para embromadores, chantagistas e mentirosos.

Melhor para nós, para mim e para você, que pavimentamos o sucesso profissional sobre os pilares da honestidade. Está aí um diferencial competitivo espetacular!

Afinal, a teoria na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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