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Como gerir sem dados confiáveis?

Sou insistente nesta questão: sem boa Matemática, não somos capazes de gerir bem. É o que digo a meus alunos e às pessoas que assistem às minhas palestras.



Para conduzir o processo da mudança, precisamos da boa métrica e do cálculo seguro. Assim, podemos determinar se acertamos ou se erramos em determinada decisão pretérita.

Quando temos acesso a números que mostram o resultado de cada iniciativa, somos capazes de efetuar correções e administrar melhor.

Na semana passada, ficamos perplexos com o anúncio dos erros cometidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Segundo o instituto, o peso das regiões metropolitanas de alguns Estados foi superestimado, o que gerou distorções nos números finais.

Depois da correção, a informação é de que desigualdade caiu, apenas um pouco, e não aumentou, como informava a primeira versão do estudo.

Depois das correções, a alta da renda do trabalho mostrou uma evolução bem mais modesta do que aquela retratada no primeiro documento.

Há quem analise o caso somente pela ótica eleitoral. Teria beneficiado ou prejudicado a candidata do Planalto?

Ora, para o governo, alguns dos novos dados são positivos; outros, negativos. É improvável que o leitor comum tenha sido impactado por essa matemática de detalhe.

Pode-se dizer, no entanto, que a imagem do país sai arranhada do episódio. Agências econômicas e corporações estrangeiras, por exemplo, utilizam-se desses dados “macro” para elaborar estudos que norteiam iniciativas de investimento.

Ora, e aqui mesmo no país é certo que os gestores públicos e privados tornam-se inseguros no momento de tocar seus projetos. Se não temos certeza da situação atual, o trabalho de planejamento converte-se em aposta lotérica.

A questão chegou à triste dimensão da politicagem. O sindicato tenta justificar o erro afirmando que os trabalhadores da instituição ganham mal e trabalham demais.

O governo, por sua vez, abre uma sindicância e lança a dúvida sobre a motivação do erro.

Enfim, se podemos tirar uma lição do caso é que instituições como o IBGE precisam de um tipo diferente de gestão, que a mantenha à parte das disputas políticas, especialmente as eleitorais.

E é evidente que ali precisam estar os melhores profissionais, com salários adequados, dispondo das melhores ferramentas para executar suas pesquisas.

Sem dados estatísticos, a gestão vira um lance de dados de cassino. O assunto é sério e merece nossa reflexão.

Afinal, a teoria, na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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