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Colunistas - Silvia Rocha

Imóvel na praia: investimento ou despesa?

Há quem afirme fervorosamente que ter um imóvel na praia seja um verdadeiro pesadelo. “Duas alegrias, uma quando se compra e outra quando se vende”, diria tal pessoa. É um ponto de vista que precisa ser respeitado, com toda certeza. Vários são os maus negócios realizados que fatalmente levam a finais infelizes. Eu costumo ser otimista. Acredito que para cada tipo de negócio haja um perfil de comprador. E, como já comentei em outros artigos, considero que o fator “emoção” seja a principal interferência na hora de fazer negócios. O brasileiro “tem sangue quente nas veias”, e às vezes isso pode atrapalhar muito.

No caso do imóvel de veraneio, entendo que possa ser um bom negócio sim, desde que esteja de acordo com as características culturais e comportamentais do indivíduo ou grupo familiar. Tenho um amigo que trabalha em casa, com traduções e correções de livros, e há uns dez anos me fala sobre seu desejo de ter uma casa na praia... Eu sempre o incentivo a comprar logo essa casa, dou dicas de localidades, preços de imóveis, mas ele não se sente seguro com minhas sugestões... simplesmente porque digo a ele que eu não tenho um imóvel de veraneio! Só por isso! “Faça o que eu digo e não faça o que eu faço”, ele sempre finaliza... Defendo sempre que a compra de um imóvel (qualquer imóvel) precisa ser uma decisão muito ponderada. Pelo expressivo capital despendido nesse tipo de transação, todas as variáveis devem ser precisamente analisadas.

Uma casa na praia pode significar aborrecimentos com depredações feitas por vândalos ou até mesmo frequentadores, manutenção constante nos jardins e nos sistemas de elétrica e hidráulica, despesas mensais com IPTU e condomínio, além da conservação e limpeza permanente. Já ouvi que vale mais a pena pegar o dinheiro (referente ao valor do imóvel) e investir numa poupança, pois com os rendimentos daria para viajar o Brasil todo. Isso é em parte verdade. Numa família pequena, de casal sem filhos, ou com no máximo um filho, essa conta parece correta. Mas e aquelas famílias à la italiana, que não se largam nem para tomar banho??? Aquelas famílias como a do filme Casamento Grego em que avôs e avós, tios e tias, primos e primas, sobrinho e sobrinhas, filhos e filhas, netos e netas, cachorros, papagaios... todos participam? Daria para reunir facilmente a turma num resort na Bahia? Quanto custaria só o transporte?

E aquelas pessoas que adoooooooram receber os amigos bagunceiros? Que amam latinhas vazias espalhadas por todo o quintal depois da farra do feriadão? E aqueles casos em que o grupo familiar é pequeno (pai, mãe e dois filhos) mas a necessidade de conforto e sossego é maior que a animação de fazer malas e pensar mil estratégias para que não falte nada nas férias? E as pessoas que odeiam sair da rotina? Para elas, desbravar o mundo, enfrentar aeroportos e traslados, bem como todo tipo de surpresas que vêm agregadas ao “pacote de viagem” pareceria muito mais estressante que seguir para a velha e boa casa de praia... E aquele meu amigo de que falei acima? Ele não poderia manter um imóvel na praia e viajar só de vez em quando para a cidade a fim de tratar dos assuntos profissionais? Será que não daria até para fazer um bom negócio com seu imóvel na capital? Quem sabe alugar? Com toda certeza, para essas pessoas o imóvel na praia é um bom investimento.

É importante destacar também que toda compra deve levar em conta a hora da venda. Por isso, deve-se pensar nos prós e contras do bem escolhido e arrumar alguns compradores (imaginários) para a hora em que se cansar dele (se acontecer). Outra dica: prepare o imóvel para eventuais locações. Alvenaria nas camas, nos sofás, nas prateleiras e nos armários continuam sendo as melhores opções. Há muitos produtos bacanas que podem ser usados para revestimentos, acabamentos e fechamentos. Prepare os ambientes para a maresia e desgaste do tempo. Use cores claras, alegres e de fácil manutenção. Com criatividade, dá para ter uma casa de veraneio bonita e confortável com baixo investimento.

Fundamental é escolher o imóvel adequado ao seu perfil. Não gosta de cuidar do jardim? Opte por um apartamento. Não quer se aborrecer com manutenção tão cedo? Escolha um imóvel novo ou reformado. Não tem dinheiro para “grande coisa”? Circule na região em que pensa em ter o imóvel e converse com os moradores. Sempre sempre haverá uma boa oportunidade para quem fizer uma boa pesquisa. E principalmente: não faça negócios “emocionado”! Pare e pense. Faça contas e as confira repetidamente! E se a matemática fechar... faça bom proveito do seu imóvel na praia!!!

Contatos através do e-mail:
silvia@fabiorochaarquitetura.com.br

Site: www.fabiorochaarquitetura.com.br

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