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Que tal um Paulo Baier na sua Empresa?

Na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro de futebol, iniciada em 2003, não tem pra mais ninguém. O artilheiro máximo, agora com 86 gols, é Paulo Baier, meia do Atlético-PR.

Aos 36 anos, com parte da cabeleira já devastada, esse gaúcho de Ijuí tem sido há anos vítima de piadas. É chamado de vovô, de aposentado, de jogador de time pequeno e maldosamente de careca.

Aos insultos, no entanto, tem respondido com espetacular regularidade e invejável histórico de gols. É excelente cobrador de faltas e de pênaltis.

Baier não costuma aplicar dribles de efeito. Tampouco é um velocista. Não é galã, não pronuncia frases marcantes e, de fato, já tem uma idade avançada para os padrões do futebol atual.

No entanto, tem sido quase sempre garantia de qualidade nos times que defende. Treina direitinho e não se machuca com frequência. Nos jogos, está sempre presente para servir os companheiros e anotar gols decisivos.

Então, indagamos: não seria bom contar com a assiduidade, a dedicação e a competência de um “Paulo Baier” na sua empresa?

Frequentemente, os gestores se deixam seduzir pelos encantos de jovens “dribladores”, cheios de diplomas, pompas e marras.

Por vezes, eles realmente inovam, produzem e geram resultados. Em muitos casos, no entanto, apresentam brilho fugaz. Ao longo do tempo, revelam-se pouco persistentes e pouco zelosos, mais preocupados com a própria imagem do que com o sucesso da corporação.

Esse é, infelizmente, um dos resultados do processo de juniorização das instâncias de liderança, fenômeno associado ao preconceito contra os veteranos.

Não raro, confunde-se inovação com infantilização. Afinal, muitos jovens malabaristas são, no fundo, conservadores e dados a repetir fórmulas de fracasso, enquanto muitos grisalhos são capazes de perceber o que é realmente inédito e de mudar paradigmas.

Nada aqui contra a juventude, força imprescindível de transformação e atualização. Mas as empresas precisam de processos planejados de longo prazo no desenvolvimento e formação de talentos. Além disso, devem separar os ilusionistas dos verdadeiros fazedores de resultados.

A regularidade e a consistência de um “Paulo Baier” podem garantir à empresa a desejada qualificação de processos produtivos, ações de marketing, modelos de distribuição e estratégias de vendas. E é isso que mais agrada os parceiros, acionistas e clientes.

Portanto, ao lidar com Recursos Humanos, pense com carinho no valor da experiência. Afinal, a teoria na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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