Colunista

Você está preparado para o circulo virtuoso?

Na semana (17/10/10 à 23/10/10) que passou, o IBGE confirmou que vivemos um círculo virtuoso e que o carro brasileiro faz voltas rápidas no circuito da geração de riquezas.

O desemprego, por exemplo, atingiu recorde de baixa pelo segundo mês consecutivo.

Na média das seis principais regiões metropolitanas, a taxa foi de 6,2%, a menor da série histórica.

O instituto ainda divulgou outro dado alvissareiro: o rendimento médio dos trabalhadores em setembro foi de R$ 1.499, o maior dos últimos oito anos.

Essas informações revelam que, de fato, os negócios já trafegam num traçado circular virtuoso.

Isso começou lá atrás, em 1994, com a estabilização da economia, a erradicação da inflação galopante e as medidas de saneamento financeiro adotadas na aplicação do Plano Real.

Seguiu com a manutenção dessas políticas pelo atual governo e por conta de seu empenho em criar mercados consumidores, especialmente a partir dos estratos menos favorecidos.

Então, você pode perguntar: mas e aí, qual é o problema, Julio?

A história mostra que círculos desse tipo, quando percorridos rapidamente, também apresentam problemas para quem empreende e administra.

Muitas vezes, o veloz incremento do capital circulante, a pressão da demanda e a rápida diversificação da atividade produtiva produzem graves crises em corporações mais lentas que o processo de mudança.

Problemas desse tipo foram detectados no Japão, na década de 60, nos chamados Tigres Asiáticos e ocorrem hoje na China. Há um quadrado dessas dificuldades.

1) Não há como levar o produto com a rapidez necessária ao local onde a demanda está mais aquecida.
2) O equipamento de produção faz parte de uma geração ultrapassada, tornando o produto mais caro ou comprometendo sua qualidade.
3) Como há demanda reprimida, o cliente não é bem tratado e o atendimento é pouco valorizado.
4) Esgota-se o estoque de mão de obra qualificada em vários setores, o que chega a causar até mesmo rupturas estruturais no círculos das virtudes.

Portanto, manter o vigor e a saúde do organismo econômico torna-se missão prioritária para o próximo governo, e também para os gestores, dos grandões da Fortune até os pequenos, âncoras das economias locais.

Afinal, se a ideia é fazer do Brasil uma potência, você também tem uma missão a cumprir, especialmente no campo educativo.

Se o nosso sistema escolar convencional não tem dado conta da formação de novos profissionais, é hora de você se mexer.

Será que não há nada de novo que você possa ensinar aos seus colaboradores?

Será que não existem cursos, treinamentos e palestras que podem lhes oferecer o conhecimento estratégico necessário nesta hora de efervescência?

Acorda! Neste momento, a equipe do Brasil também precisa de você nos boxes.

Se houver essa cooperação consciente e responsável, podemos, sim, aspirar a um lugar no pódio. Afinal, a teoria na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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