Qual a empresa?
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Colunista

Você sabe gerir a sagrada empresa?

Em meus muitos anos de vida executiva e acadêmica, tenho travado contato com excelentes gestores.

São pessoas dinâmicas, criativas, realizadoras, comunicativas e preocupadas com a sustentabilidade da atividade econômica.

Por vezes, no entanto, percebo que esse grau de excelência não se faz presente na administração da família.

Numa época de competição exacerbada, em que vale tudo para conquistar mercados e produzir lucros, muita gente acaba indo para casa apenas para dormir.

Não é exagero. Estudos realizados em vários países ocidentais exibem um processo acelerado de degradação da vida familiar dos executivos.

Em casa, mostram-se permanentemente irritados com o cônjuge, não prestam atenção às demandas dos filhos e demonstram total impaciência com agregados, como cunhados e sogras.

Paradoxalmente, muitos desses gestores têm planos fantásticos de longo prazo para suas companhias, mas tratam a família como uma sucessão de urgências.

Em casa, o que vale são sempre intervenções na dimensão da contingência.

Enquanto ser integral, o homem não pode mais habitar mundos paralelos. A casa e o trabalho precisam funcionar em harmonia, numa linha de convergência.

Como se pode imaginar uma empresa comercial sustentável, humana e solidária se esse conceito não é aplicado pelas pessoas na sagrada família?

Percebe-se claramente que os executivos da nova ordem já procuram revalorizar a família. Apesar do estresse, tentam ser atentos, carinhosos e cooperativos.

Dentro do possível, expurgam o autoritarismo patriarcal ou matriarcal, o preconceito, a punição física e não têm receio de falar sobre temas considerados tabus.

Eles encaram a família como uma grande escola para a mente e para o coração, na qual são exercitados os valores do universo masculino e do universo feminino.

Nessas novas casas, nem mesmo a separação destrói a relação amigável e construtiva. O diálogo aberto inclui, com humildade, os eventuais novos parceiros, contemplados em suas demandas particulares.

A sagrada empresa está em processo de redefinição, assim como o nosso mundo.

Percebe-se que é bom trocar uma hora de TV ou Internet por um saudável debate familiar. Em muitas casas, as brincadeiras da sala de estar estão sendo resgatadas. Nada mais triste que um lugar de viver em que cada um permanece confinado em seu quarto.

Pessoalmente, confesso que muitas vezes trabalhei além da conta. Até que a saúde aplicou um susto que alterou meus conceitos sobre a vida laboral.

A partir dessa época, passei a valorizar ainda mais a gestão compartilhada da casa e de minha equipe doméstica.

Pude perceber, por exemplo, o quanto minha mulher era forte. Tinha também as virtudes de mãe, amiga e líder.

Com o tempo, pude determinar o quanto amava e admirava essa mulher.

Ela me ajudou a ser um homem melhor, um amigo melhor, um pai melhor, um ser melhor.

Hoje, na perspectiva do tempo, no balanço que também é luto, reconheço melhor o que fiz e o que deixei de fazer em minha sagrada empresa.

Se você recebeu essa bênção da união, se tem esposa e filhos, comece hoje mesmo a aprimorar essa gestão, mesmo que você a considere excelente.

Há sempre o que melhorar. E eles merecem. Merecem muito!

Não tenha dúvida: esse é o maior valor que você pode legar a este mundo.

Afinal, a teoria na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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