A ação é fundamental no processo de educação empreendedora. Para Heidi Neck, professora do Babson College, em Wellenley, EUA, o primeiro passo é permitir que os alunos experimentem a realidade, para depois aprender conceitos e, por fim, construir novas empresas ou produtos.
“Nós temos medo de mandar nossos alunos para fora da sala de aula porque temos medo de perder o controle”, disse na manhã desta quinta-feira (10/10), durante a Rodada de Educação Empreendedora Brasil 2013, organizada pela Endeavor e o Sebrae na Fazenda Dona Carolina, em Itatiba (SP). Para Heidi, o processo de educação empreendedor segue a ordem de agir, aprender e construir.
“Os alunos precisam praticar, criar, descobrir e explorar oportunidades”, afirmou. De acordo com o método de trabalho criado por ela, há cinco práticas fundamentais para ajudar o aluno a agir de forma empreendedora.
Prática da Ação, Prática da Empatia, Prática da Criação, Prática da Experimentação e, perpassando todas elas, a Prática da Reflexão. “Muitos alunos me apresentam planos de negócios que demandam milhões de dólares. Comece com o que você tem nas mãos, não espere conseguir o que você acha que precisa para começar”, afirmou.
Empreender não é só criar uma startup – Para Heidi, a educação empreendedora não deve perseguir apenas a criação de novos negócios como meta final. “Talvez muitos alunos criem startups porque a maioria dos nossos cursos estão baseados em escolas de administração”, disse.
Segundo a professora, é importante ter uma distinção clara entre os conceitos de administrar, liderar e empreender. Para ela, a primeira ideia é ligado à gestão, a segunda à influência e a terceira, à criação. “Em alguns momentos, elas caminham juntas, mas separando esses três conceitos fica mais fácil para os alunos reconhecerem quando eles estão sendo empreendedores", diz.
Fonte: Pequenas empresas & Grandes Negócios
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