Em meio aos últimos suspiros do burburinho da Copa do Mundo de 2014 e do início da maratona para deixar tudo pronto para as Olimpíadas de 2016, o ano de 2015 colocará o Brasil no centro das atenções dos negócios globais – e, até lá, esse fato transformará a lógica das empresas com operação no Brasil. Agora, como isso influenciará o perfil de profissional demandado por elas? Pesquisa global da IBM publicada com exclusividade por EXAME.com dá pistas para essa resposta.
Realizada com 700 executivos de Recursos Humanos de mais de 61 nações e 31 segmentos de mercado, a pesquisa “Working beyond borders” constatou que a América Latina é um dos mercados mais promissores para recrutamento nos próximos três anos. De acordo com o estudo, 26% das empresas pretendem aumentar o número de contratações nos países do lado sul do continente americano.
Os países latino-americanos ficam atrás apenas de China e Índia que detém, respectivamente, 40% e 29% das intenções de aumento de recrutamento até 2013.
A avalanche de novas oportunidades para a América Latina, em especial Brasil, não exigirá apenas pessoas com uma qualificação excepcional. Os profissionais devem estar preparados para um mercado mais interdependente e dinâmico, baseado em relações de cooperação.
Com base nas demandas dos executivos ouvidos pela IBM, EXAME.com mapeou os 7 cenários possíveis para os próximos cinco anos e quais habilidades você precisa desenvolver para se encaixar nas novas necessidades:
1. Babel corporativa
A falta de profissionais com qualificação suficiente tem deixado muitos profetas da economia com o cabelo em pé. Diante da expansão dos negócios nos próximos anos, a tendência é que esta questão ganhe contornos mais nítidos. Para sanar essa lacuna, as empresas vão caçar bons profissionais em outros países.
O cenário de “importação de cérebros” mudará drasticamente a lógica de relações dentro das empresas - a começar pela cultura. “Um ponto forte dos brasileiros é a receptividade natural”, afirma Jeane Gonçalves Rego, líder de soluções de capital humano da IBM Brasil.
No entanto, segundo ela, a fluência em outros idiomas ainda é uma pedra no sapato dos brasileiros. “A questão não é apenas falar a língua com perfeição. Falta ainda aquela base necessária para a comunicação com outros países”, diz.
Fonte: Exame
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