As cifras das vendas on-line já atingem notáveis R$ 24 bilhões anuais no Brasil, o que tem chamado a atenção do segmento supermercadista para os blogs e redes sociais como Facebook e Twitter, canais poderosos para o conhecimento de gostos e opiniões do consumidor.
Várias empresas da área já possuem departamentos específicos neste campo, conscientes de que ignorar um termômetro tão forte de tendências, e a gama de possibilidades por ele abertas, seria no mínimo temerário.
Contudo, engana-se quem acredita que a decisão de compra virtual se baseie somente no preço. Comodidade, variedade, segurança, diversidade de formas de pagamento e conteúdos são fatores igualmente influentes neste processo.
Estão aí para provar belíssimos casos de empresas que deslocaram o foco do produto para o cliente, oferecendo conteúdo de qualidade para determinados nichos, uma estratégia que incrementou relacionamentos, desenvolveu verdadeiros fãs e, no momento oportuno, deu origem à oferta de itens exclusivos. Já a competição por preço ficou para os que nada mais teriam a oferecer.
A história da economia digital no Brasil está apenas começando, sobretudo no setor supermercadista, onde ainda não há vencedores definidos. As oportunidades estão ao alcance de todos, sejam pequenos, médios ou grandes players, nas capitais ou no interior. O que importa neste jogo, sem dúvida, é o pleno e efetivo uso do potencial criativo e inovador do Terceiro Milênio.
* Roberto Dias Duarte é administrador de empresas, palestrante e professor de pós-graduação da PUC- MG e do Instituto IPOG
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