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Antes de morrer

12/07/2013 -

Li há pouco tempo um livro chamado “Antes de Partir”, de Bronnie Ware, que me despertou para algo que até então, apesar de conhecer, não sabia que conhecia.

Não se tem notícia de ninguém que, em seu leito de morte, disse estar arrependido de não ter trabalhado mais horas, de ter passado tanto tempo com sua família, de ter conseguido expressar todos os sentimentos para as pessoas amadas...

Ao contrário, somente quando algo mais grave, como a proximidade da morte, nos acomete é que nos damos conta de que agora é tarde para fazer uma série de coisas que o tempo, inflexível e cruel, não nos deixará realizar.

As crianças cresceram, saíram do banco de trás do automóvel e tomaram o volante de suas vidas, sem que ao menos pudéssemos reparar que não usam mais o sapatinho de crochê que guardamos em nossas recordações ou gavetas.

Os pais se foram e não pudemos agradecê- los suficientemente, ou retribuir todo o amor e o esforço que fizeram para que tivéssemos sucesso e, acima de tudo, um caráter correto, de acordo com suas convicções. Aquela ligação que não fizemos em data tão especial, não é mais possível de ser feita, nem aquele abraço, aquele beijo, aquele pedido de perdão ou declaração de amor e gratidão. São oportunidades deixadas para trás.

Nosso cônjuge que tanto amávamos no início de tudo, agora um amigo, uma amiga, daqueles que bastava ver uma vez por mês quando muito. Toda a cumplicidade e a vontade de estarem juntos a cada instante apagaram-se pelas longas horas dedicadas a algo que julgamos ser mais importante, como pegadas na areia levadas pelas ondas.

E, no fim da vida, uma caixa com muitas recordações, um coração cheio de mágoas e arrependimentos, e uma trajetória sinuosa e atrapalhada, com mais erros do que acertos, por mais que queiramos acreditar no contrário. Quem sabe – para os que acreditam – na próxima vida?

Sim, queridos(as) leitores(as), essa coluna é de “Motivação”. Escrevi até o parágrafo anterior, pensando em apagar tudo e iniciar um novo artigo, com outro título. Mas estaria traindo a mim mesmo, pois, além de réu confesso em muitos dos erros acima citados, escrevo para vocês com muita dedicação, para que cada artigo acrescente algo. Portanto sigo...

“Os gestores de hoje sabem dar desafios e cobrar resultados: produtividade dentro da qualidade exigida. Pronto! O resto do tempo é seu, aproveite da melhor maneira possível! Viva!”Trabalho com muitos profissionais. Converso e conheço muita gente. Erro muito e vejo muitas pessoas errando. Vibro e me emociono quando consigo consertar algo em minha vida e, mais ainda, na vida de alguém.

Pense! Será que você está plantando as sementes certas para colher na sua velhice e na hora de partir? Será que você está dando à sua família e a seus filhos a atenção que eles merecem e precisam? Será que você está se dedicando de forma balanceada ao trabalho e a sua saúde, sua vida pessoal? Há quanto tempo você não liga para seus pais para dizer o quanto são importantes? Há quanto tempo você não faz um check-up e começa aquele regime?

Não há nada de errado em trabalhar e produzir, ao contrário. É uma sensação boa também – para alguns –, mas não substitui o prazer de se estar com a família, com os amigos, cuidando da saúde, curtindo as horas de lazer, amando ou dormindo. A tecnologia nos ajuda no sentido de conseguirmos medir a produtividade no trabalho, sem ser pelo relógio de ponto. A gestão de cartão de ponto é coisa do passado! Os gestores de hoje sabem dar desafios e cobrar resultados: produtividade dentro da qualidade exigida. Pronto! O resto do tempo é seu, aproveite da melhor maneira possível! Viva!

Para finalizar, deixo a sugestão para que assistam (no Youtube) o Ted Talks chamado “Três coisas que aprendi quando meu avião caiu”. É a experiência de um executivo, chamado Ric Elias, que estava na primeira fileira do voo 1549, em janeiro de 2009, quando este precisou fazer um pouso forçado no rio Hudson (acho que todos vocês lembram). São cinco minutos que não caberiam nem em mil artigos como este. Assistam!

Não sei quais serão os meus arrependimentos na hora da morte. Certamente ter escrito este artigo e tocado alguém, não estará na lista.


* Guilherme Rego - Diretor da Elevartis®, coach e conselheiro administrativo formado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Atua largamente em processos de coaching e palestras sobre gestão, motivação e negócios. Site: www.elevartis.com.br


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