Estive refletindo sobre a sociedade e percebi que, apesar do termo “responsabilidade social” estar inserido no nosso dia a dia, ainda não está intrínseco na nossa cultura. Falamos sobre o assunto, tentamos nos apresentar como responsável socialmente, mas, muitas vezes não refletimos e atuamos de uma maneira coerente.
Afinal, o que é responsabilidade social? Muitas pessoas poderiam responder que é contribuir para campanhas do agasalho, doar alimentos, promover festas beneficentes, fazer sacolas de Natal, etc. Mas, onde quero chegar é: o que seria responsabilidade social para uma empresa? Certamente, este quesito seria muito diferente de filantropia.
Entretanto, o grande desenvolvimento do sistema capitalista e a maximização dos lucros, além da positividade, trouxe consigo uma grande negatividade, o que acaba delimitando a necessidade das empresas de se modificarem e tentarem amenizar os pontos negativos pautados nos pontos positivos do sistema e na necessidade de tornar o sistema capitalista algo sustentável.
Devemos abranger o bem-estar da sociedade, mas também à saúde mercadológica, pois o mercado inevitavelmente presta contas à mídia, aos funcionários ao setor não governamental e ambiental, ao governo e, por fim, às comunidades com que opera. Não esquecendo que a responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável.
Estamos ainda na infância com relação à responsabilidade social, mas um dia chegaremos ao ponto de entendermos que não é só vender a imagem de ser responsável, mas é efetivamente tentar trazer uma melhora nas condições vitais da humanidade, pois quanto mais adequados, adaptados e motivados estão os funcionários, quanto maior o relacionamento com o governo e com o setor não governamental de uma maneira positiva, quanto mais aprimorados os laços com os fornecedores e com os clientes, teremos certamente uma maior produção, um maior apoio, melhores relacionamentos e confiabilidade, e maiores vendas e fidelizações, respectivamente.
É apostar no futuro, plantar bons frutos para depois colher um sistema capitalista mais humanitário sem perder os fundamentos de concentração de renda.
Tatiana Martins Alméri é socióloga, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, mestre em Sociologia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP e integrante do corpo docente da Universidade Paulista – Unip e da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC (taalmeri2@hotmail.com)
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