O estudo A Crise Econômica Internacional e os (Possíveis) Impactos sobre a Vida das Mulheres, lançado hoje (2) pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do governo federal, mostra que de outubro de 2008 a abril deste ano houve queda de 1,6% no nível de ocupação entre os homens e de 3,1% entre as mulheres.
A maior queda na ocupação feminina ocorreu entre as empregadas sem carteira assinada no setor privado (-13,53%, contra uma queda de10,1% entre homens na mesma situação). Entre os trabalhadores com carteira assinada, a taxa de ocupação caiu 0,6% entre mulheres e cresceu 0,82% entre homens.
Por outro lado, cresceu 8,9% a ocupação feminina sem remuneração, contra uma queda de 13,7% nesse tipo de trabalho executado por homens.
“Uma das hipóteses é a de que as mulheres antes empregadas em outras ocupações, desempregadas ou inativas tenham tido que se inserir nos empreendimentos familiares – talvez substituindo trabalhadores que tiveram que ser desligados – na condição de colaboradoras, que trabalham, mas não têm renda própria”, conclui a pesquisa..
Na análise dos setores mais atingidos pela crise, a indústria de transformação teve redução de 7,41% na mão de obra masculina e de 4,22% na feminina, mas com grandes variações entre os diferentes segmentos da indústria. O estudo foi feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Fonte: Agência Brasil
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