O quanto vale uma marca ou o seu próprio nome ? Qual o custo de se perder a credibilidade ? Perguntas como estas, estão cada vez mais comuns dentro das organizações. Temos percebido um movimento de mudança na mentalidade dos empresários; ética; responsabilidade-social; sustentabilidade; balanço social; empresa cidadã são palavras que estão fazendo parte de um novo dicionário empresarial.
Os grandes empresários já dedicam um dia por ano em suas organizações para falar de Ética Empresarial, Responsabilidade Social e Sustentabilidade. E o que eles ganham com isto ? Muitos podem dizer que é só “papo-furado” ou que é a “Firma fazendo média”... Mas na realidade eles vêem percebendo que os funcionários estão muito mais engajados no negocio e isso reflete no produto final da empresa e o próprio consumidor já vê um valor agregado quando adquire um
produto daquela marca.
Mas entendemos o que é ética ou os riscos que esta “pequena” palavra trás em nossas vidas ? Segundo o dicionário Michaelis a palavra Ética quer dizer: 1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão. Vemos que existem duas pontas e/ou raciocínios que se ligam ao final, uma fala sobre os valores morais que o indivíduo deve seguir em sua vida para um convívio social e outra para um convívio empresarial.
Em geral, a tendência e o entendimento das pessoas sobre ética, está fundamentada no “fazer o bem”, outra ação onde se possa interpretar como fora disto é considerado como
“anti-ético”. Levando ao indivíduo o livre arbítrio as suas ações, mas que podem ser sentenciadas pela sociedade em que está inserido.
Os administradores terão quer saber que em suas agendas coorporativas não adianta apenas ter produtos competitivos ou estratégias mirabolantes de marketing, mas sim novos atributos ao negócio. O aumento da onda de consumidores antenados em políticas sociais e sustentáveis e investidores preocupados com imagem e ética, fazem com que este assunto seja incorporado no dia a dia empresarial. A tarefa não é fácil, ainda existe um longo caminho a ser percorrido, mas é o que garantirá às organizações a sobrevivência tanto da sociedade quanto dela mesma.
Em perspectiva geral, o consumidor não deixará de rapidamente de consumir a marcar de preferência ou habitual, mas é o que com certeza fará a diferença em novas decisões e reavaliações, tanto de consumo quanto de novos investimentos. O desejo das organizações em prover produtos sustentáveis e ações éticas deverá estar claro e acessível a este novo perfil de consumo, contudo o respeito ao consumidor ainda deverá ter atenção e saber separar as práticas legítimas das que seguirão na rabeira, apenas tentando aproveitar a “onda ética”.
*Roger Augusto Luna - 36 anos, formado em Administração, Especialista em Gestão de Logística Empresarial e Mestrando em Administração Organizacional pela PUC/SP. Atua como Consultor de Processos Logísticos (OtC) e é professor nos cursos de Logística na Faculdade Drummond e no Senac. Profissional com mais de 10 anos de experiência em empresas multinacionais.
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