O mundo dos negócios ganha em velocidade e agilidade a cada dia. Ferramentas online facilitam a vida dos executivos, que conseguem fechar grandes contas com simples toques nos telefones que tem na palma de suas mãos. Para o Brasil, país que vem se tornando um centro mundial de atração de investimentos, essa situação é extremamente benéfica, pois facilita a entrada de novos players no mercado nacional e garante aos empresários daqui a competitividade necessária para atuar globalmente.
Em alguns mercados, o Brasil é visto como o grande, senão o maior, alvo para investimentos externos. É o caso da construção civil, por exemplo, em função de diferentes elementos. O primeiro deles é o aquecimento do mercado imobiliário interno.
Depois de anos com pouco dinheiro circulando na economia nacional, havia uma imensa demanda reprimida nesse setor, que mesmo depois de pelo menos três anos de atividade intensa, ainda continua pujante.De forma mais ampla, o segmento de infraestrutura, no qual a construção está incluída, se mostra como uma alternativa ainda mais atraente. Todos falam sobre as oportunidades advindas dos grandes eventos, Copa do Mundo e Olimpíadas, que ocorrerão em 2014 e 2016, respectivamente.
É evidente que esses eventos serão importantes, mas há ainda mais nisso. As obras necessárias estão todas atrasadas, exigindo mais investimentos em pessoas, equipamentos e principalmente tecnologia. Só assim será possível entregar tudo a tempo e evitar um vexame internacional.
Nesse sentido, a tecnologia pode ajudar. Mas é preciso dar um passo além, pois a ordem de grandeza dos investimentos versa na casa dos trilhões e, por esse motivo, a confiabilidade dos envolvidos torna-se elemento fundamental para a tomada de decisão.
O cenário então se mostra propício para a criação, aumento e desenvolvimento de eventos especializados nos quais compradores, fornecedores e demais interessados possam se encontrar e, frente a frente, negociar e chegar a acordos benéficos a todos.
O setor de concreto, fundamental nesse contexto, é um dos que mais se beneficia e cresce com a realização de eventos. O Brasil é palco, por exemplo, da segunda maior feira desse segmento no mundo, a Concrete Show. Em cinco anos de existência, o evento já expandiu 342% e tem a expectativa de gerar mais de R$ 750 milhões em negócios este ano.
Feiras, seminários e eventos de grande porte são a melhor e mais efetiva maneira de conhecer o que o mercado tem a oferecer, as novidades que podem trazer a vantagem competitiva necessária para atender plenamente as demandas que não param de crescer.
Por mais rápido e fácil que seja o contato por meios tecnológicos, nada substitui o aperto de mão, a confiança gerada em um encontro pessoal. Hoje é muito comum parceiros de negócios com relações sólidas e estabelecidas, que geram dividendos a ambas as partes, passarem até mesmo anos sem nunca se verem pessoalmente. Mas outras oportunidades podem surgir (e quase sempre surgem) quando eles conseguem sentar-se e discutir os rumos de seu relacionamento profissional.
A janela de oportunidade está aberta para o Brasil, mas não ficará assim para sempre. O momento de se acertar e buscar os parceiros ideais é agora. Afinal, ninguém avança sozinho. Quem vai ficar parado e quem vai aproveitar plenamente o cenário positivo? Difícil afirmar, mas certamente tem mais chances os que decidirem ir além dos limites de suas telas, grandes ou pequenas, e conhecer pessoas, trocar cartões, fechar negócios e finalizar com um firme aperto de mão.
Claudia Godoy - é diretora-geral da UBM/Sienna.
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