O empreendedorismo no Brasil ainda vive a sua infância. Aqui nós temos juros altos e tributos excessivos. Só isso seria suficiente para desanimar qualquer pessoa que tem foco em negócios.
No entanto, apesar das dificuldades, nossa economia teima em crescer, nossa indústria insiste em se manter competitiva e há sempre alguém disposto a assumir o risco do progresso.
A palavra crise nos ideogramas japoneses e chineses coloca a mesma palavra entre adversidades e oportunidades. Quem nasce na crise tem chances maiores de sobrevivência. Hoje o Brasil dá aula sobre inflação. Aprendemos aqui a especular menos e produzir mais.
Peter Drucker já falava que o Brasil prima pela versatilidade e poder de adaptação, o que credencia o país a aproveitar novas oportunidades.
Hoje nós temos que ter mais atenção aos pequenos negócios. Um exemplo vem dos Estados Unidos onde as jovens empresas foram responsáveis pela geração de 90% dos empregos nos últimos vinte anos e por 95% das inovações radicais e ainda 50% das inovações tecnológicas desde a segunda guerra mundial.
No Brasil as pequenas empresas representam 98,7% do total e criaram 96% dos empregos nos últimos cinco anos.
Será então o empreendedorismo uma loucura? Nas palavras de Anita Roddick, fundadora das lojas inglesas Body Shop nós lemos: "Há uma linha tênue entre a mente de um empreendedor e a de um louco. O sonho do empreendedor é quase uma loucura, e quase sempre isolado. Quando você vê algo novo, sua visão, geralmente, não é compartilhada pelos outros. A diferença entre um louco e um empreendedor bem-sucedido é que este pode convencer os outros a compartilhar de sua visão. Esta é a força fundamental para empreender".
Nosso maior problema por aqui é o adiamento das reformas por causa da necessidade de votos. E também, por outro lado, muitos empreendedores foram à falência por desconhecer conceitos básicos de administração e contabilidade.
Hoje, as empresas de sucesso são cada vez menores, mais especializadas, mais eficientes e, sobretudo mais rápidas. Lembro aqui as palavras de Jack Welch que disse que gostaria de ver a gigante General Electric com a velocidade de uma pequena empresa.
O maior desafio dos momentos de crise é vencer a desconfiança da própria crise que está mais na cabeça das pessoas do que a própria realidade.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Autor: Gilclér Regina
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