Miguel Ignatios (1), presidente da ADVB, ao comentar sobre a importância do treinamento, diz o seguinte: “Investir em recursos humanos é o melhor negócio que existe: não tem risco e o retorno é alto”.
Realmente, os fatos estão comprovando que as empresas bem sucedidas consideram o RH e, mais precisamente, o treinamento um ótimo investimento.
De acordo com Hamblin (2):
Treinamento é um processo que provoca REAÇÕES, que provocam APRENDIZADO, que provoca mudanças de COMPORTAMENTO no CARGO, que provocam mudanças na ORGANIZAÇÃO, que provocam mudanças na CONSECUÇÃO DOS OBJETIVOS FINAIS.
Portanto, o que o treinamento “provoca”, devemos “medir” utilizando as seguintes avaliações:
• Avaliação da REAÇÃO
• Avaliação da APRENDIZAGEM
• Avaliação da mudança de COMPORTAMENTO
• Avaliação dos RESULTADOS Qualitativos e Quantitativos
• Avaliação do RETORNO DO INVESTIMENTO - ROI
O desafio atual dos profissionais de RH é utilizar as avaliações para provar que treinamento é investimento que dá resultado; muito resultado!
Para as empresas que desejam transformar o treinamento e desenvolvimento de pessoas num verdadeiro centro de lucro, uma das estratégias recomendadas é a implementação da norma ISO 10015. De acordo com esta norma e com todas as normas de gestão, não basta treinar; é preciso “provar” que o treinamento deu resultado.
Para avaliar resultados do treinamento existem vários recursos e processos, mas certamente um dos melhores é o ROI.
Num programa de treinamento desenvolvido pela Vale, o índice de retorno – Return On Investiment – ROI – foi de 1977% (3) Fatos como este chegam a provocar uma dissonância cognitiva, ou seja, as pessoas custam a acreditar que este resultado é possível. Mas, certamente, é possível e até fácil de conseguir, desde que o treinamento seja desenvolvido com eficiência e eficácia:
Eficiência: Quando o treinamento é corretamente desenvolvido de acordo com as diretrizes da norma ISO 10015.
Eficácia: Quando as avaliações do treinamento fornecem evidências objetivas de que os resultados almejados foram alcançados.
Implementar as Diretrizes para Treinamento dadas pela Norma ISO 10015 é uma estratégia de investimento que o RH deve utilizar para ser um centro de lucro. ”[...] não tem risco e o retorno é alto”.
Sebastião Guimarães
guimaraes@tgtreinamento.com.br
1. Ignatios, Miguel. Palavra de Presidente. Revista Mercado. São Paulo. out. 2007. p.9
2. HANBLIN, A.C. Avaliação e controle de treinamento. São Paulo, McGraw-Hill, 1978
3. O Trilhas Técnicas, um dos modelos educacionais liderado pela Valer Educação, objetiva a formação contínua de todos os funcionários técnico- -operacionais das áreas de minas, portos, usinas e ferrovias.
A primeira etapa do programa é o mapeamento de competências. Com a colaboração de comitês técnicos, integrados por especialistas das diversas áreas, a Valer Educação define o conjunto de competências a desenvolver e o itinerário pedagógico a ser seguido pelos diversos perfis: um currículo completo com todas as ações educacionais necessárias. O comitê técnico ajuda a detectar os potenciais educadores internos que atuarão na formação de pessoas.
A segunda etapa implica dois processos articulados: a formação de educadores e o desenvolvimento de materiais didáticos.
A terceira etapa é a implementação propriamente dita, com centenas de ações que ocorrem simultaneamente. Uma equipe de gestão das Trilhas Técnicas faz o monitoramento e avalia todo o processo, gerando controles e relatórios e garantindo a correção imediata de eventuais “gaps” e o aprimoramento contínuo.
RAMAL, Andréa
Educação com resultados para o negócio: Case Vale. Revista T&D. São Paulo. Edição 154. p.33. 2008.
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