Até duas semanas atrás, o Corinthians era líder do Campeonato Brasileiro. A torcida se mostrava eufórica, confiante em conquistar o quinto título nacional justamente no ano do centenário do clube.
Boa parte desse sucesso se devia à ótima performance do técnico Mano Menezes, que levou o time a registrar um ótimo aproveitamento de 72% dos pontos disputados.
Aí, Menezes foi para a Seleção Brasileira... E o clube contratou o não muito experiente Adílson Batista.
A princípio, os resultados não foram decepcionantes, mas de repente o time desatou a empatar e perder. Nas últimas cinco partidas, foram três derrotas e dois empates. Eu, como santista, não fiquei triste...
Verificou-se que o aproveitamento de Batista era de 49% dos pontos disputados. No domingo, após mais uma derrota em casa, um “consenso” definiu a demissão do profissional, assunto que virou primeira página dos jornais brasileiros.
Nada mais pedagógico que o futebol para mostrar a pressão por resultados nas grandes empresas atuais.
Semanas atrás, discutia-se caso parecido no mundo corporativo. Pressionado por não conseguir alavancar os negócios de telefonia celular, o CEO da LG Electronics, Yong Nam, pediu demissão, assumindo a responsabilidade pelo baixo desempenho da companhia.
Na mesma semana, a cabeça de outro CEO do mesmo segmento já tinha rolado.
Olli-Pekka Kallasvuo, principal executivo da Nokia, caiu porque a empresa estava acumulando derrotas na disputa com a concorrência, especialmente na área de equipamentos mais sofisticados.
Os estudos elaborados pela Booz & Company sobre a movimentação de CEOs em grandes empresas mostram que a pressão por resultados ainda é determinante nessas situações.
Em 2009, os CEOs que deixaram o cargo de forma planejada ofereceram um retorno médio de 6% para os acionistas. Os demitidos tiveram um resultado médio negativo de 3,5%.
Portanto, se você é líder de uma grande empresa, administrador contratado de um pequeno negócio ou técnico do time do seu prédio, saiba que as pessoas de hoje valorizam, cada vez mais, os resultados.
Não deixe de pensar nisso. Estude a sua missão, planeje cientificamente, estabeleça metas e estratégias, corrija rumos, estimule e cobre os colaboradores, dê justificativas concretas para o seu desempenho e jamais prometa o que não pode cumprir.
Afinal, a teoria na prática, funciona!
Fonte: Carlos Júlio
Voltar | Índice de Artigos |