Essa é uma pergunta difícil de responder, multifacetada é a mulher que habita o nosso planeta neste século XXI, que Içami Tiba já atribuía o nome de “mulher polvo”, que com seus tentáculos se articula na atualidade.
Apesar das amarras religiosas, a mulher muçulmana tem mostrado ao mundo as atrocidades que vive; por outro lado a mulher ocidental se dedica ao trabalho, não tem filhos ou com a ajuda da ciência os tem mais tarde, busca o que é melhor para si.
Como também é aquela mulher moderna e atuante, que se dá ao direito de interromper sua jornada de trabalho para assumir o cuidado com os filhos e dar apoio ao seu companheiro.
É a mulher que abre espaço para ser respeitada pelo homem com quem divide as atribuições domésticas, para que ela se desenvolva plenamente em sua profissão.
Também é a mulher que sozinha prove seu lar é responsável financeira, pela educação e saúde dos filhos e daqueles sob o seu teto.
A mulher que chega a meia idade e se responsabiliza pelo cuidado de netos, ou familiares idosos de saúde precária.
A mesma mulher que no inicio do século passado era subjulgada e impossibilitada de votar, hoje é votada se torna Presidente, não só da República, do FMI como de grandes corporações.
Essa mesma mulher tem revolucionado o mundo corporativo, mostrando que sua sensibilidade e intuição, acrescentam algo mais no dia a dia da empresa. Ainda que muitas tenham que aprender a ser um pouco egoísta, defendo seu espaço de atuação.
É quem se permite as contradições de ser bela, frágil, mas forte e dura, determinada na sua luta, alternando esses papéis sem culpa ou medo de ser julgada.
Ainda sob a égide de uma sociedade machista, onde embora ocupe o mesmo cargo que o seu colega do sexo masculino, com mesma carga horária, por vezes com maior escolaridade, recebe salários inferiores. Ela que se diferencia, mostra seu valor, batalha cada vez mais por um lugar digno nessa sociedade.
Olhando ao longo da história, observamos que é a mesma mulher de todos os séculos, mas agora com a coragem e a determinação antes encoberta por uma camada de verniz que a mantinha afastada ou a margem das grandes decisões (atrás de um grande homem existe uma grande mulher), hoje se põe e expõe sem medo de ser feliz.
As conquistas ainda serão muitas neste século, apenas é o inicio de uma trajetória para que exista mais respeito de toda a sociedade, inclusive da própria mulher que desdenha da sua sorte e por vezes se expõe em situações aviltantes.
Não existe uma definição para essa mulher do século XXI, mas sim muitas, complexas e fascinantes. Como dizem os homens, “difícil de se entender”.
* Natalia Marques Antunes - Psicóloga Clínica, Especialista em Saúde Organizacional com Formação em Coaching (Life Self – Sistema ISOR
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