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Colunista

Consumo consciente: como afastar o fantasma da inadimplência

Recentemente, publiquei um texto em que tratei da obsessão de parte da imprensa mundial por notícias ruins.

O motivo é simples: o cérebro humano se mobiliza todo quando percebe um perigo. Notícia ruim, portanto, gera atenção e audiência.

Há semanas, os jornais e revistas brasileiros tratam com ênfase do tema “endividamento e inadimplência”.

Sim, temos problemas pontuais, mas nada que justifique pânico e desespero. Vamos continuar trabalhando, fazendo negócios e prosperando. O fim do mundo não vai ocorrer em 2012.

Primeiramente, é preciso distinguir endividamento de inadimplência. Não há crescimento e desenvolvimento sem oferta e obtenção de crédito. E, obviamente, o que é tomado como empréstimo precisa sempre ser devolvido.

Endividar-se, de forma racional e precavida, é algo muito saudável. Quem tem uma dívida certamente ganhou algo em troca. Melhorou sua vida pessoal ou investiu em seu negócio.

No Brasil, o termo “endividado” está erroneamente ligado à angústia daquele que não tem como pagar suas contas.

Quem dá o calote é o inadimplente. Este, sim, está em maus lençóis.

Parar de comprar e negociar, como sugerem alguns especialistas, não resolve o problema. Se não há compras, não há vendas. Empresas que não vendem, não empregam e geram exércitos de inadimplentes.

Poucos analistas, neste caso presente, atentam para questão fundamental atrelada ao problema das dívidas: a matemática financeira.

Como professor, tenho visto alunos de Administração bastante resistentes à ciência dos números. Alimentam traumas educativos de infância ou simplesmente têm preguiça de realizar as operações básicas.

A rigor, muitos dos inadimplentes de hoje não ganham mal nem foram prejudicados por bancos gananciosos.

Simplesmente, estão atrapalhados porque não optaram pelas melhores taxas de juros e porque não efetuam um controle efetivo de suas finanças.

Em épocas de crescimento, muita gente compra por impulso. E muita gente se esquece, nesse momento, de que tem outros encargos. Alguns apostam em ganhos futuros que não se concretizam.

Portanto, lápis, papel e atenção podem resolver muitos dos problemas relacionados às finanças pessoais e corporativas.

Pesquisas de consumo realizadas em vários países, revelam que muitos dos inadimplentes compram coisas das quais efetivamente não precisam. Pior: alguns deixam de adquirir coisas de que realmente necessitam e torram o dinheiro em supérfluos, ou seja, em “bobagens”.

A bobagem aqui pode ser um vestido de mil dólares, um super aspirador de pó ou um carro importado de luxo. Detalhe: o que é bobagem para um pode não ser para outro. Depende da necessidade e pode aquisitivo de cada um.

Tenho trabalhado muito com o tema da sustentabilidade. Nele, destaco a exigência de práticas de consumo consciente e responsável.

Compre, sim! Mas compre primeiro aquilo de que precisa. Depois, aquilo de que gosta. Faça contas sempre que necessário. A economia como um todo agradece.

Afinal, a teoria, na prática, funciona!


Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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