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Colunista

A execução como ponto chave para a estratégia

Num dos capítulos de meu livro Você, um Grande Estrategista, editado pela Livros de Safra, trato de “execução”, tema de enorme importância para a gestão organizacional.

Afinal, sem uma boa prática operacional, o melhor planejamento torna-se apenas um guia elegante para se descer a ladeira do fracasso.

Um plano estratégico revela-se correto se as ações práticas do dia-a-dia resultarem em:

• Maior rapidez na entrega; • Qualificação do produto ou serviço; • Valorização da marca; • Redução de custos e aumento de receitas; • Criação de novas oportunidades para a companhia.

Há uma variável importante na aplicação de uma estratégia: o tempo. Ofereço abaixo o que considero um bom par de exemplos.

Para muitos historiadores, o cartaginês Aníbal foi o maior estrategista militar que já existiu. O historiador Theodore Dodge o chamou de “pai da estratégia”. Suas façanhas inspiraram grandes comandantes, como Napoleão Bonaparte.

Na verdade, Aníbal era um general a serviço do comércio “global”, procurando defender os interesses dos dinâmicos negociadores de Cartago.

Em mais de 15 anos de campanha militar, atravessou a península itálica de norte a sul, destroçando os exércitos romanos.

Segundo especialistas em táticas de guerra, Aníbal desenvolveu na famosa Batalha de Canas a mais espetacular estratégia de campo para superar um adversário mais numeroso.

Ao executar um plano de movimentos que unia a infantaria e a cavalaria, Aníbal destruiu o enorme e poderoso exército de Lúcio Emílio Paulo e Caio Terêncio Varrão.

Morreram no combate entre 50 mil e 70 mil romanos. Aníbal teria perdido menos de 6 mil homens.

Depois de muitos anos em ação, porém, Aníbal acabou derrotado. Faltaram-lhe suprimentos, guerreiros bem treinados e uma política de ocupação das terras onde havia vencido suas batalhas.

Aníbal nunca chegou a penetrar em Roma. Enquanto mantinha, talvez por tempo excessivo, seus acampamentos em território inimigo, os romanos passaram a atacar áreas cartaginesas desguarnecidas.

Pode-se dizer, portanto, que Aníbal foi um general brilhante, mas não foi capaz de executar a melhor estratégia o tempo todo.

O mesmo podemos dizer da poderosa Seleção Holandesa, apelidada de Laranja Mecânica, na Copa do Mundo de 1974.

O técnico Rinus Michels criou uma estratégia denominada “futebol total”, na qual os jogadores não guardavam posição.

Mesmo sem a bola, movimentavam-se com velocidade, a fim de confundir o adversário. Versáteis, atacavam em bloco e, dessa forma, se defendiam.

Os holandeses passaram como um rolo compressor sobre os adversários (inclusive o Brasil), até chegarem à final, contra os alemães, donos da casa.

Logo no início da partida, anotaram um gol. Houve, então, um certo relaxamento, e os disciplinados adversários fizeram 2 x 1 ainda no primeiro tempo.

Os holandeses tinham agora que enfrentar uma situação nova. E mesmo reorganizados no segundo tempo não foram capazes de empatar a partida.

Resumindo: a Holanda foi magnífica ao elaborar e executar sua estratégia, mas não foi capaz manter esse padrão operativo o tempo todo.

Esse fenômeno ocorre com frequência no mundo corporativo. O plano é excelente. A execução é correta. No entanto, há uma pausa, um hiato, uma desmobilização. E, conforme as circunstâncias, é o suficiente para arruinar o projeto organizacional.

Nesses casos, a derrota nem sempre é imposta pelo concorrente, mas pelo próprio protagonista da ação.

Se você tem uma estratégia, coloque-a em prática. Confira regularmente o seu desempenho. Efetue correções. Olhe adiante e também para os lados. Não durma no ponto.

Afinal, a teoria, na prática, funciona!


Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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