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Colunista

Gestão sustentável: Quem pode salvar a Rio+20?

A democracia é o melhor sistema político já inventado. É certo também, no entanto, que os Estados modernos precisam ser administrados a partir de arranjos e coalizões, algumas delas bem estranhas, unindo opositores históricos no campo das ideias.

Pior que isso é o sistema sinistro de trocas, do “toma lá, da cá”, que não é privilégio do Brasil, mas de muitas outras potências ocidentais.

O presidente norte-americano, Barack Obama, por exemplo, tem enfrentado inúmeras dificuldades para lidar com um legislativo de forte presença Republicana.

No Brasil, vemos assustados que os principais partidos acabam estabelecendo alianças que contrariam seus programas e propósitos históricos.

Leis de suma importância nos campos social, econômico e ambiental nem sempre são aprovadas. Algumas vezes, passam pela metade, depois de demoradas negociações com os grupos de interesse.

Estamos assistindo novamente a este filme na Rio+20, a tão esperada Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que reúne representantes de 200 países na Cidade Maravilhosa.

O problema é complexo. Em uma época de crise, os governos das economias desenvolvidas e dos emergentes não querem se comprometer com medidas que limitem ou encareçam a produção.

Por isso mesmo, os EUA chegaram a propor que a conferência fosse adiada para 2017.

Para muitos especialistas, o esboço do documento final do encontro ainda é fraco e não contempla as exigências globais no campo da sustentabilidade.

No entanto, podemos acreditar em soluções paralelas, como um acordo de mudança de conduta entre os que produzem e os que consomem.

Empresas e cidadãos podem, efetivamente, fazer a diferença neste momento de impasse.

Um exemplo está sendo oferecido na Cúpula dos Povos, realizada simultaneamente no Rio de Janeiro. Ali, ONGs e agências de fomento, como o Sebrae, apresentam experiências de sucesso de empresas sustentáveis ou a caminho da sustentabilidade.

No Forte de Copacabana, a exposição interativa Humanidade 2012, realizada pela FIESP, FIRJAN, SESI-SENAI e Fundação Roberto Marinho, com apoio do Sebrae, da Caixa e do Governo Federal, mostra como nosso planeta é maravilhoso e como temos, sim, condições de salvá-lo, tornando-o mais limpo, mais bonito e mais justo.

O evento revela que nós, brasileiros, já começamos a compreender as demandas desse tempo de reforma global. Já reciclamos, por exemplo, muito alumínio (1º do mundo) e muitas embalagens pet (2º, atrás somente do Japão).

De forma didática, a exposição ensina que o desafio da sustentabilidade não pode ser encarado apenas por governos.

É fundamental que os gestores-empreendedores abracem essa luta. Primeiramente, porque é a vida de seus descendentes que está em jogo. Em segundo lugar, porque o modelo sustentável de produção e comércio já se incorporou às estratégias das empresas saudáveis e feitas para durar.

Desenvolver com responsabilidade faz as empresas mais competitivas, como explico detalhadamente em meu livro A Economia do Cedro.

Portanto, fica a lição. Não importa se os governos não se entendem ou se são incapazes de fazer rapidamente a coisa certa.

Nós, que gerimos, produzimos e consumimos, podemos tocar para frente esse processo inadiável de mudança. Somos nós que podemos salvar os sonhos acalentados na Rio+20.

Como bem canta Ivan Lins, em uma de suas mais famosas canções, cujo título é também seu primeiro verso:

Desesperar jamais
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo

Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia!


Afinal, a teoria, na prática, funciona!


Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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