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O que ensina a lenda do palácio maravilhoso?

Esta interessante lenda árabe nos foi contada pelo escritor e matemático brasileiro Júlio César de Mello e Souza (1895 – 1974), mais conhecido como Malba Tahan. Aqui, apresentamos dela uma síntese. Certa vez, o poderoso rei Hiamir, senhor do Iêmen, informou seu ministro Idálio de que pretendia realizar uma longa viagem à província de Tiapur.

Pediu-lhe que o precedesse na excursão e preparasse sua chegada. Ordenou que construísse uma magnífico palácio, com largas varandas de marfim e pátios floridos. O vizir aceitou prontamente a incumbência e, cinco dias depois, liderou uma extensa caravana à longínqua região. Carregava muito ouro e 30 mil dinares para erguer o esplêndido albergue do soberano.

Ao chegar ao seu destino, porém, Idálio encontrou pobreza extrema, crianças famintas, mulheres esquálidas e muitos enfermos, derrubados pela febre.

Antes de iniciar sua obra, portanto, o ministro deliberou favorecer os cidadãos. Assim, mandou construir um orfanato e um abrigo para os desamparados. Considerava que os recursos restantes ainda seriam suficientes para levantar o palácio real.

Em seguida, no entanto, percebeu que a fome ceifava vidas todos os dias. De pronto, investiu na reforma da agricultura e na produção de alimentos.

Quando finalmente ia iniciar as obras do palácio, viu que muitos ainda padeciam com doenças diversas. E fez com que seus liderados e os habitantes locais construíssem um hospital.

Em seguida, percebeu que os homens da terra não podiam viver plenamente a fé, pois se encontrava em ruínas a antiga mesquita. Mandou então que as mãos laboriosas recuperassem o edifício sagrado.

Ao fim de alguns meses, notava-se uma espetacular metamorfose na cidade. Escreve Malba Tahan: “os homens haviam voltado, cheios de entusiasmo ao trabalho e, por toda parte, reinava a alegria”.

Enfim, chegou o tempo da visita do rei. O vizir Idálio aguardou o soberano no oásis de Cobo, a três horas de jornada de Tiapur.

Hiamir e sua comitiva entraram na cidade e foram recebidos com festas pela população. O rei admirou-se do progresso da urbe, mas perguntou intrigado: - A satisfação com que todos aqui me recebem é um indizível conforto para o espírito, mas onde está, vizir, o palácio de Tiapur?

Antes de falar sobre a obra, Idálio solicitou que um determinado homem fosse julgado e punido segundo a lei. Lembrou que a morte era a pena para aqueles que desobedeciam o soberano e abusavam de sua confiança.

- Quem é o acusado? – indagou Hiamir.

- O criminoso sou eu – respondeu o vizir, já de joelhos, revelando que havia despendido em serviços para a cidade todos os recursos originalmente destinados à construção do palácio das varandas de marfim e dos pátios floridos. O rei, com semblante grave, estendeu a mão ao vizir e ordenou que se levantasse. Então, emocionado, proferiu sua sentença.

- O palácio, de cuja construção, em boa hora, foste por mim encarregado, acha-se construído, com incomparável arte e talento. E posso, deste lugar, abrangê-lo em suas linhas suntuosas, em seu conjunto soberto, em sua cúpula radiosa e eterna. Admiro as largas varandas de marfim no sorriso dos meus súditos; reconheço os pátios floridos no olhar de gratidão das mães felizes.

Obviamente, não quiseram os contistas árabes, tampouco Malba Tahan, fazer um elogio à desobediência. Empenharam-se, sim, em mostrar que a boa gestão depende de coragem, honestidade, bom senso, definição de prioridades e correções de rumo no planejamento.

Ainda hoje, antes de erguer sede luxuosa, convém ampliar e aprimorar estruturas produtivas, atualizar equipamentos e constituir sistemas que agilizem e qualifiquem a produção.

Por fim, muitas vezes, é mais urgente que o bom administrador invista em pessoas. Pode ser por meio de cursos, de um ciclo de palestras ou de programas de promoção da saúde no ambiente laboral. E você, caro leitor, quais têm sido suas prioridades, na vida profissional e pessoal?

Deixo aos amigos esta singela proposta de reflexão. Que na celebração do nascimento do carpinteiro de Nazaré, este singular empreendedor do amor, pensemos com carinho em nossas missões neste mundo.

Fica aqui meu fraterno abraço e o desejo de que este possa ser um Natal de fortalecimento dos laços familiares, de generosidade e de renovação da fé. Afinal, a teoria, na prática, também confere paz de espírito às mulheres e homens de boa vontade.

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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