Colunistas
Por que somos Charlie?
De repente, propagou-se pelo mundo todo a frase “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), símbolo do repúdio da sociedade aos ataques que vitimaram os artistas comunicadores do Charlie Hebdo.
Ora, mas por qual motivo, afinal, repetimos todos o mesmo mote? Por que judeus, cristãos, budistas e muçulmanos se irmanaram nesta causa?
Por que pessoas das mais diversas procedências, credos e ideologias levantam a mesma bandeira, aquela da liberdade de expressão?
Provavelmente porque sem essa forma de liberdade estariam ameaçadas todas as outras.
Num lugar onde até o humor é vítima da censura, certamente correm riscos todos os outros direitos individuais e coletivos.
Em uma sociedade vigiada, autoritária, perdemos primeiramente o acesso à informação, o que nos impede de efetuar julgamentos corretos e de exercer plenamente a democracia.
Nestes regimes, o cidadão acaba por permitir que estranhos decidam seu destino e modo de vida.
O Estado ou a casta dos governantes religiosos passa a cuidar de opções sexuais e afetivas, de assuntos familiares e, inevitavelmente, de questões relativas à economia.
A liberdade de expressão – vale lembrar - é pilar do sistema que garante a livre iniciativa no campo do trabalho e da produção.
No caso da França, a liberdade figura como conceito primeiro da tríade que se completa por igualdade e fraternidade.
Desde a Revolução Francesa, iniciada em 1789, essas ideias movem o mundo adiante, estabelecendo direitos e possibilitando a concretização de sonhos de paz e prosperidade.
Que em 2015 continuemos a defender essa poderosa palavra de ordem. Que em 2015 estejamos atentos contra todos os tipos de autoritarismo.
Florescem os negócios onde há liberdade e oportunidade. Onde os negócios vão bem, é mais fácil o estabelecimento de acordos de conciliação e cooperação.
Afinal, a teoria, na prática, funciona!
Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br
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