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Colunista

Protestos em Londres: Como aprender com a Economia da Irresponsabilidade?

Pouco depois da virada do século, tombaram as torres gêmeas de Nova York. E, assim, o Ocidente se convenceu de que a maior ameaça à paz e à prosperidade vinha de estrangeiros de turbante, seguidores do islamismo.

A partir de 2005, no entanto, a “economia da irresponsabilidade” restabeleceu a insatisfação interna como fonte de problemas para os governos centrais.

Na onda anterior de protestos globais, no final dos anos 60, a bronca da juventude tinha relação direta com filosofias políticas e regras de comportamento. Desta vez, questões doutrinárias também estão na pauta. Porém, os eventos degenerados em quebra-quebra guardam relação direta com o enfraquecimento das economias tradicionais. Onde há confusão, existe também redução da oferta de empregos e desilusão com o sistema.

Quem assistiu à TV no início deste mês, viu a organizada Inglaterra em chamas. Havia gente nas ruas destruindo tudo. E não era uma manifestação de minoria étnica. Nos saques, as câmeras flagraram negros, descendentes de indianos e louros encaracolados de cepa anglo-saxônica.

Cenas muito semelhantes ocorreram recentemente em países como Itália, Grécia e Espanha. Não longe dali, na França, a “moda” é incendiar carros, fenômeno tão corriqueiro que já não merece manchetes nos jornais.

Logicamente, há crime nessas investidas contra o patrimônio público e privado. Gente decente, trabalhadora, perdeu tudo nas noites do terror da Inglaterra. E há evidências de que jovens de classe média participaram, por diversão, da fuzarca urbana.

No entanto, a sociedade precisa refletir melhor sobre esses eventos. Em muitos desses países, o desemprego entre os jovens alcança a casa dos 30%. Os horizontes são estreitos e os noticiários televisivos só mostram desesperança. Na Itália, por exemplo, o aperto é geral. Novos impostos estão sendo criados. E muitos municípios serão fundidos para reduzir despesas. Ali, raramente se vê uma notícia que trate de investimento e fomento ao empreendedorismo. Resumindo, para reduzir o brutal endividamento, esses países estão sendo obrigados a cortar gastos. Até aí, tudo bem.

Mostra responsabilidade na gestão contábil das economias. O problema é que parte dessas ações faz também escassear os recursos destinados à produção. Ora, como é que as contas futuras serão pagas por quem emagreceu as fontes de receita?

Na verdade, parte desses débitos resultam de negociações que não geraram qualquer lastro tangível. São dívidas constituídas de especulação com uma mercadoria abstrata chamada dinheiro, como explico em meu livro A Economia do Cedro.

Se o Brasil quer seguir caminho distinto, precisa gerir responsavelmente seus ativos financeiros e incorporar o maior número possível de jovens ao mercado de trabalho.

Isso demanda: - fomento à atividade produtiva e à ampliação do mercado interno de consumo; - desburocratização; - desoneração, principalmente das empresas atuantes em setores estratégicos e de inovação tecnológica; - aprimoramento dos cursos de nível médio e superior, com foco na formação de mão de obra especializada; - constituição de programas nas empresas para revelar e aperfeiçoar talentos. Em nosso caso, muitos desses novos empregos devem ser gerados no setor de infraestrutura. Precisamos, por exemplo, abrir e recuperar estradas, ampliar aeroportos e estender as linhas de transmissão de energia a todas as partes do país.

Se a juventude representa um estorvo para parte do mundo desenvolvido, para o Brasil representa uma oportunidade. Serão os responsáveis por pavimentar nosso caminho rumo ao pleno desenvolvimento. Pense nisso na hora de contratar novos colaboradores. Quem trabalha também consome. É o saudável círculo virtuoso da prosperidade. Afinal, a teoria, na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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