Colunista
Santo de Casa faz Milagre Sim
Quebrando paradigmas sobre Desenvolvimento das Cidades
Santo de casa não faz milagre.
É o que diz um ditado popular muito conhecido do povo brasileiro que dispara a premissa enraizada na cultura, de que vale mais o que vem de fora, o que vem de “lá”.
Basta observar a tendência que as pessoas têm de valorizar o que é alheio à sua origem. É claro que é importante se abrir para o mundo, para as novidades e aprender com isso.
Mas a verdadeira evolução do desenvolvimento das comunidades, sociedades e cidades se mostra cada vez mais atrelada à visão de desenvolvimento baseado na geração e no consumo de riquezas de forma cíclica, contínua e circulante dentro de um mesmo território.
Um bom exemplo disso é o que acontece na essência do cooperativismo.
As sociedades internacionais e até mesmo nacionais que realmente adotam esta filosofia, na prática colhem hoje os frutos do desenvolvimento sustentável.
O Brasil tem belos exemplos de regiões que colocaram a roda para girar não só na economia, mas no ciclo completo do desenvolvimento socioeconômico e ambiental.
Um clássico e conhecido caso é o do município de São Roque de Minas, em Minas Gerais, hoje uma referência nacional de valorização interna de um município por meio do cooperativismo.
O sucesso de São Roque de Minas começou com a mudança da cultura de que “santo de casa não faz milagre”. E o resultado é desenvolvimento puro. Cooperativa, educação, sociedade, negócios, tudo desenvolvido e harmonizado com parceria verdadeira.
O que as pessoas precisam entender é que é preciso mudar as mentalidades sobre o desenvolvimento das cidades. Fazer produção e consumo se alinharem estrategicamente dentro da mesma região.
Fazer com que a comunidade se sinta encantada com a capacidade de seu município de produzir e comercializar de forma justa, mas, sobretudo encantar essa comunidade
com base na qualidade.
Isso começa com um atendimento fora do comum. O Brasil carece demais de atendimento. Quem já esteve no exterior sabe do que falo.
Só haverá transformação dos modelos de desenvolvimento das cidades, se houver uma profunda transformação na cabeça das pessoas. Tudo passa pela mudança de perspectiva sobre o potencial que temos para desenvolver bem diante dos nossos olhos.
É preciso acabar com a visão de que somente os grandes centros prosperam. Cada um de nós é corresponsável por acreditar e por criar os nossos grandes centros. Tudo começa nas pessoas.
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