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Vandalismo ou negociação?

Já escrevi mais de uma vez que o Brasil precisa de reformas em várias áreas. Mesmo com os avanços obtidos nos últimos anos, é fundamental que aprimoremos sistemas e métodos na gestão pública.

Também é muito bom saber que os jovens estão cientes dessas necessidades e que se manifestam nos mais diversos setores.

No entanto, é com tristeza que temos visto muita destruição e violência em palcos que deveriam servir ao diálogo.

Alguns grupos acreditam que a solução para todos os problemas nacionais é a destruição de carros de polícia, agências bancárias e revendedoras de veículos.

Semana passada, vimos mais uma vez o patrimônio público e privado destruído durante manifestações no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O nosso querido MASP, por exemplo, amanheceu com horrorosas pichações. Pequenas lojas, no caminho dos manifestantes, também sofreram os efeitos da fúria juvenil.

Boa parte desses delitos têm sido cometidos por mascarados, que acreditam na depredação como argumento.
Há alguns anos, escrevi o livro A Magia dos Grandes Negociadores, no qual analiso justamente a “venda” de produtos, serviços e idéias.

No capítulo 5, trato especificamente da diversidade. Não somos pessoas iguais e nem sempre desejamos a mesma coisa. Isso, no entanto, não deve resultar em inevitável conflito. Pelo menos, não entre pessoas civilizadas.

As opiniões diferentes costumam enriquecer o debate. Um pensamento pode ser corrigido ou complementado por outro. A divergência nos ensina. E respeitá-la é o princípio que permite a convivência democrática.

Reproduzo a seguir um pequeno trecho da obra. “A palavra de ordem no novo milênio é o multiculturalismo, movido pela globalização econômica e pelo trânsito de pessoas e idéias pelo planeta. Esse conceito reconhece a coexistência de múltiplas formas de cultura (em sentido amplo) e as consagra como igualmente válidas”.

Ora, aceitar pessoas diferentes como “clientes internos e externos” é muito importante para a estratégia do negócio, qualquer negócio. Isso serve para quem gere um shopping center ou uma entidade estudantil.

O vandalismo invariavelmente gera resistência, ódio e desprezo. A negociação aproxima os opostos e gera convergências. É assim que avançamos, juntos, cooperativamente.

Quer vender uma idéia? Quer mudar o mundo? Aprenda a negociar, preferencialmente de cara limpa, sem máscaras.

Afinal, a teoria, na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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