Colunistas: Scher Soares
Visual Aid ou VIRTUAL Aid?
Conduzi um workshop com gerentes distritais da indústria farmacêutica sobre a promoção médica digital e o uso dos tablets como plataforma de promoção e fiz uma pergunta ao grupo que faço aqui para você também. Quando foi a primeira vez que você ouviu a palavra IPAD? Tente lembrar-se desse seu primeiro contato com a palavra, recorde quando isso aconteceu e pense um pouco a respeito de quantas vezes você já ouviu novamente essa mesma palavra de lá para cá. Provavelmente milhares de vezes não é mesmo?
Essa é uma das características desse novo contexto que estamos vivendo. Expressões novas são criadas todos os dias para significar novas situações e muito rapidamente elas integram nosso repertório passando a fazer parte das nossas vidas.
O mercado farmacêutico em particular, é um desses mercados com muitas expressões próprias e bem conhecidas da maioria do que chamamos “nossos colegas da indústria”.
Quem é que nunca ouviu expressões como: frequência e sequencia, receituário, close up, KOL, separata, etc.
Uma das palavras velha conhecida nossa é “VISUAL AID” não é mesmo? Se você é ou foi da “indústria”, você com certeza conhece essa expressão.
Agora eu te pergunto. Você por acaso já ouviu a expressão “VIRTUAL AID”? Se essa é a primeira vez que você está fazendo contato com essa expressão, guarde esse momento, pois certamente a partir de agora você deve ouvi-la cada vez mais e mais.
“VIRTUAL AID” é uma dessas expressões adaptadas que surgem no dia a dia para denominar um novo contexto, uma nova forma de fazer as coisas. Nesse caso especificamente, estamos falando da maneira de se utilizar o material promocional frente ao médico que, como estamos acompanhando, está passando por um verdadeiro processo de mudança. Momentos como esse na história, são conhecidos como TESARAC. São aqueles momentos onde sabemos que uma determinada era acabou e sabemos que muita coisa será diferente daqui por diante, mas não sabemos ainda exatamente como será. Um TESARAC é um período de desconstrução do presente, de ausência de paradigmas e de impossibilidade de fazer previsões conclusivas a respeito do futuro.
Algumas velhas regras e conceitos já não servem mais, mas as novas soluções ainda não estão consolidadas na prática, pois ainda não foram sedimentadas.
Com toda certeza, estamos vivendo um TESARAC na maneira de se fazer a promoção médica e isso se deve a um fenômeno que foi o surgimento de um KILLER APP no mercado. Conheceu agora a expressão KILLER APP? Muito prazer.
KILLER APP é uma palavra adotada para explicar o surgimento de uma nova aplicação ou tecnologia com potencial matador das tecnologias anteriores utilizadas para determinado fim. Uma aplicação que torna um produto vitorioso e altamente desejado pela maioria das pessoas. Tão útil e atraente que torna essa aplicação imediatamente desejada por multidões ao redor do mundo.
Você vê aqui alguma semelhança com o caso do IPAD? Certamente que sim.
O IPAD é um desses produtos que um dia antes do seu surgimento você não tinha ideia de como o utilizaria e um dia depois milhares de pessoas –e talvez você – estavam afirmando: eu preciso disso para mim.
Quando juntamos um KILLER APP com um TESARAC, a única certeza que temos é de que precisamos conduzir esse processo com profunda sabedoria e obstinação, preocupando-se em fazer muitas perguntas antes de concluir pelas respostas e buscando uma sintonia fina na percepção a respeito de qual a melhor estratégia para lidar com esse novo cenário. Como todo novo processo, a adoção do mesmo requer um ciclo de aprendizado, que pode ser mais curto ou mais longo tal qual a sua maneira de encará-lo.
Posso assegurar isso pessoalmente, pois estamos muito bem envolvidos com o tema. Uma parte dos leitores desse artigo certamente já nos conhece (O Grupo Triunfo) e sabe que estamos atuando nas três dimensões desse novo processo. Temos uma empresa digital (Track Digital) que desenvolve os aplicativos, desde os popularmente conhecidos como VAs animados, passando pelos aplicativos mais específicos, como calculadoras para comparações de preço, composição de cenários, etc. Também fazemos o planejamento e a criação das campanhas digitais (Triunfo Propaganda), que é seguramente uma das áreas que mais demanda a inteligência digital e a capacidade de pensar nessa nova maneira de fazer as aplicações e por fim, estamos realizando uma série de projetos e programas de workshop e treinamento e desenvolvimento (Triunfo Consultoria e Treinamento) para desenvolver com as empresas e equipes um alinhamento em torno da estratégia e tática do processo de promoção digital. Nos últimos meses, foram diversos os projetos multifacetados desenvolvidos com várias indústrias farmacêuticas e como disse no início do parágrafo, posso assegurar que são muitas as variáveis a se considerar se quisermos fazer um bom trabalho.
Fiquemos com essas reflexões e algumas constatações.
O uso do tablet na indústria farmacêutica não pode ser precocemente explicado como VIRTUAL AID, economia de custos de impressão, ou velocidade na adaptação de materiais. O tablet é uma plataforma e como tal pode explorar questões fundamentais, como o CLM (se acostume) que significa “closed loop marketing” o que permite que a indústria farmacêutica possa, finalmente retroalimentar o ciclo de promoção médica de maneira segura e confiável e possa também, passar a oferecer cada vez mais informações relevantes aos seus principais clientes.
Talvez você esteja lendo esse artigo no tablet e talvez esteja lendo-o inclusive em um link de rede social, como facebook, twitter ou linkedin. São provocações para alertá-lo a respeito da importância de considerar essas questões na sua maneira de fazer promoção e de falar com seu público alvo.
Contatos através do e-mail: scher.soares@grupotriunfo.com
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