Colunistas: Wagner Campos
Você tem um plano B?
Muitas pessoas ainda vivem movidas por reações. Reações ao que acontece diariamente, ao que já aconteceu ou a qualquer coisa imprevista. Não desenvolveram seu
projeto de vida, seu
planejamento pessoal ou determinaram o que
realmente querem,
aonde pretendem chegar e
como desejam chegar.
Há aqueles que já realizaram seu planejamento pessoal e profissional. Definiram em qual atividade desejariam trabalhar, que cargo gostariam de ocupar, qual salário seria o ideal, com quantos anos pretendem se casar, em quanto tempo irão comprar uma casa. No entanto, quando um desses projetos foge do previsto, não possuem um “
plano de contingência”, um “
plano B”. Uma forma alternativa de ajustar a realização do sonho ou desejo. Simplesmente abrem mão daquilo que não ocorreu como previram e passam a focar “outro” projeto. Se novamente o “outro” projeto não seguir de acordo com o previsto, deixam-no de lado e passam à próxima meta, e assim sucessivamente.
Estamos sujeitos a imprevistos constantes. Fatores externos são grandes influenciadores de nossas estratégias. Você pode investir em ações que estão em alta e em determinado momento poderão despencar, justamente porque oscilam de acordo com o mercado. Sabendo que a tecnologia movimenta o mundo e somente os que tiverem grande afinidade com ela terão sucesso, você pode se especializar em tudo que se refere a esse assunto, mas se perder o contato e relacionamento com as pessoas também estará sujeito a ficar limitado a uma determinada área, setor ou profissão.
Pode comprar um imóvel pequeno para atingir o sonho da casa própria, mas acaba tendo filhos trigêmeos e a casa torna-se pequena e insuficiente para manter o conforto da nova grande família.
Enfim, você pode e deve realizar seus projetos de vida para que possa atingi-los, mas tenha cautela e defina um
Plano B, uma alternativa. Vamos imaginar que você se programou para freqüentar o curso superior e em até dois anos após a conclusão, desejaria ser promovido, obter um aumento salarial de 25% em relação ao que recebe atualmente, com isso iria finalmente se casar e formar sua sonhada família.
Você conseguiu ser promovido, mas seu aumento salarial foi de apenas 15% e não 25% como desejado. O que fazer? Adiar o casamento ou terminar o noivado? Nem uma das opções.
Primeiro você deve verificar porque não obteve o aumento desejado. Foi porque imaginou um salário acima do mercado? Ou a empresa não quer investir e ter um bom profissional por um custo menor? Qual outra razão pode existir? Você tentou negociar com a empresa? Fez seu marketing pessoal?
Digamos que tenha analisado todas as hipóteses e não há jeito, não terá maiores aumentos no momento, só daqui a um mínimo de seis meses. Agora você deve adiar seu casamento?
Verifique todas suas despesas antes, durante e após o casamento. Levante suas receitas e de seu futuro cônjuge. Será suficiente para levarem uma vida modesta, sem luxo, mas segura e confortável durante um bom período? Caso positivo, e em acordo com a pessoa amada vocês podem arriscar se casarem, controlar as despesas e após o novo aumento ou promoção, desfrutar de uma vida melhor. Mas, se chegarem à conclusão que é muito arriscado para o perfil de vocês, não há nada errado em adiar o casamento mais um pouco. O que não se deve fazer, é se habituar a justificar uma coisa com outra, sem antes verificar se realmente não há possibilidade de seguir adiante seus sonhos e projetos de vida.
Contatos através do e-mail: wagner@terra.com.br
Site: www.trueconsultoria.com.br
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