A comida de rua virou motivo de debate na capital paulista. Em setembro, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei que autorizava a atividade, até então limitada aos vendedores de cachorro-quente e pastéis. Mas a questão ainda depende da sanção do prefeito Fernando Haddad. Enquanto a decisão final não vem, os empreendedores encontram formas alternativas de vender seus produtos. Conheça aqui alguns deles.
Brownie da Ana
Foi numa festa de amigos, em 2010, que a jornalista Ana Samadello, 32 anos, descobriu ter um talento especial para fazer brownies. “Usei uma receita da internet e todo mundo quis comprar”, diz. Ana aprimorou o preparo e passou a aceitar encomendas. No começo de 2013, nascia formalmente a empresa Brownie da Ana. “Participei da primeira edição da Feirinha Gastronômica, em São Paulo, para formalizar minha entrada no mercado”, conta. “Foi um ótimo laboratório.” Agora, Ana se dedica à elaboração de um plano de negócios. “Consegui um investidor e vou abrir a primeira loja em 2014”, diz. Enquanto isso, foca nas vendas para restaurantes e hoteis – seu cardápio já conta 16 receitas com chocolate meio-amargo e dez com chocolate branco.
Rolando Massinha
Em 2007, uma crise financeira fez com que o recifense Rolando Vanucci, 53 anos, vendesse a casa e comprasse uma Kombi para servir massas nas ruas de São Paulo. Batizado de Rolando Massinha, o veículo passou a ser estacionado todas as noites em um terreno no bairro do Sumaré. Hoje, o carro vende até 120 refeições em um único sábado: os pratos custam entre R$ 12,50 e R$ 17,50. “Temos seis mesas, mas vou trocá-las por banquinhos, para acomodar mais gente”, diz. Nos últimos dois anos, o empresário investiu em uma fábrica própria, abriu um restaurante e uma loja de delivery. Mas continua apostando nos veículos para crescer: ele acaba de inaugurar dois novos food trucks, especializados em hot dogs e churros.
AK Vila
Nos últimos sete anos, Andréa Kaufmann teve dois restaurantes de sucesso em São Paulo: o AK Delicatessen, que funcionou até 2010, e o AK Vila, ainda em atividade os pratos principais chegam a custar R$ 84. Desde 31 de outubro, porém, é possível provar receitas da chef pagando bem menos. Instalado na porta do restaurante, o AK na Rua vende falafel ou cordeiro com salada, latkes (bolinhos de batata) e sanduíches de salada de ovo orgânico os preços ficam entre R$ 6 e R$ 20. Na barraca, Andréa vende até 50 refeições por dia. “Atraímos pessoas em trânsito e gente que frequenta os bares da região.” A experiência serve de treino para uma empreitada mais ousada. “Estou me preparando para ter um food truck”, diz.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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