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Empreendedorismo

5 dicas para se dar bem no Start-Up Chile

06/03/2014

Você sonha em morar em outro país, ter sua empresa acelerada e entrar em contato com profissionais experientes do mundo todo? O Start-Up Chile é uma opção para quem quer abrir os horizontes, experimentar a ideia de fomentar o empreendedorismo e ver seu próprio negócio crescer. As principais exigências são: ter um time bem estruturado e uma ideia na cabeça ou em funcionamento há no máximo dois anos. A cada processo de seleção, que ocorre trimestralmente, 100 startups são escolhidas para participar do programa. Em 2014, a meta do Start-Up Chile é chegar à marca de 1000 startups atendidas.

Desde 2010, quando a iniciativa foi implantada, o programa recebeu 25 startups fundadas por brasileiros, sendo uma delas o Envia Lá. A startup, do segmento de cinema, funciona como uma plataforma digital para o envio de filmes para festivais. De acordo com os fundadores da empresa, “participar do Start-Up Chile foi fundamental para conquistar a qualidade que o site tem hoje. Principalmente do ponto de vista técnico, já que o dinheiro investido na programação da plataforma veio do prêmio oferecido aos projetos selecionados”.

O programa, financiado pelo governo chileno, tem como objetivo fortalecer o ecossistema empreendedor do país, além de dar suporte a empresas nacionais e estrangeiras para desenvolver seu modelo de negócios e escalar a empresa.

Em contrapartida à realização de uma série de atividades desempenhadas para fomentar o empreendedorismo no país, cada startup recebe US$ 40 mil. O dinheiro é destinado a custear as despesas das equipes participantes (que ficam instaladas por um período de seis meses no Chile) e também ao investimento nas necessidades das empresas.

Para saber mais sobre o programa – que abriu novas inscrições no dia 4 de março – acompanhe as dicas da equipe do Envia Lá.

Planeje o orçamento. O prêmio de US$ 40 mil pago às equipes selecionadas pelo programa deve motivar qualquer empreendedor. Mas antes de fazer as malas contando com esse aporte imediato, é bom ter conhecimento das regras do programa. Um detalhe é que o dinheiro é pago mediante reembolso, sempre acompanhado de uma prestação de contas. Isso significa que aquela viagem sem razão profissional vai ter que ficar para depois e que os primeiros gastos precisam ser muito bem administrados.

De acordo com a equipe da startup, o primeiro reembolso demora a chegar, sendo importante ter um capital mínimo para custear despesas com passagens, alimentação e moradia no primeiro mês de viagem. Nos meses seguintes, o empreendedor deve controlar o orçamento, tendo em mente quais os setores da empresa que precisam de maior investimento.

Treine o inglês e não ignore o espanhol. No momento da inscrição, o empreendedor é avisado de que o idioma oficial do programa é o inglês, o que não exclui a importância de se comunicar em espanhol em razão das necessidades do dia a dia. Pratique o inglês para fazer um bom vídeo de apresentação de até três minutos e se inscrever com tranquilidade no processo de seleção. E depois, se tiver oportunidade, conheça umas e outras expressões do idioma local. Para os brasileiros, esse pode não parecer um grande desafio, mas com certeza você se sentirá orgulhoso em poder ajudar empreendedores de outros 71 países, que podem não conseguir se virar tão bem com pouco esforço.

Estabeleça uma rotina. Os participantes do Start-Up Chile têm à disposição um espaço de coworking localizado em Santiago. Com a liberdade de controlar sua agenda e estar imerso em um ambiente cheio de oportunidades, mas também de distrações, o empreendedor precisa ser disciplinado. Estabelecer uma rotina e criar metas para o negócio avançar é essencial para o bom aproveitamento do potencial do programa. Como não são exigidos relatórios de desempenho por parte da organização, os membros das startups precisam ter atenção redobrada para não desperdiçar seu tempo e ver os seis meses passarem num piscar de olhos.

Controle sua agenda social. O objetivo central do Start-Up Chile é fomentar o empreendedorismo no país e, para isso, os organizadores esperam que as equipes selecionadas façam um trabalho intenso de compartilhar seus conhecimentos. Dessa forma, uma quota mínima de atividades precisa ser cumprida. Indo a escolas e universidades fazer palestras, oferecer cursos e contar suas experiências pessoais, os empreendedores somam pontos que são cobrados para validar seu compromisso com a iniciativa. Encontros, viagens e eventos também são planejados pela organização no sentido de explorar melhor esse intercâmbio. A equipe do Envia Lá, por exemplo, teve a oportunidade de ir a Valdívia, cidade onde ocorre o maior festival de cinema do país.

Valorize a oportunidade de fazer novos contatos. Ao longo dos seis meses de duração do programa, no espaço de coworking, se formam várias “tribos”, seja de design, programação, marketing ou de outras especialidades. Nesse espaço repleto de contatos, o empreendedor pode buscar ajuda para resolver problemas ou encontrar e oferecer novas soluções. Faça parte de grupos de trabalho e conheça os membros de outras startups.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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