Terminada a faculdade, que tal um bom emprego com carteira assinada, ou um concurso público para uma carreira tranquila? Nada disso. É cada vez mais numeroso o grupo dos jovens empreendedores.
Eles preferem correr os riscos de um negócio próprio a enfrentar um mercado de trabalho a cada dia mais competitivo. A diferença é que, antigamente, esta opção era um salto no escuro e hoje já existem instituições que ajudam os novatos a vencer os desafios do empreendedorismo.
Na última sexta-feira, foi instalado na ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José um novo departamento, a ACI Jovem, com foco nos futuros empreendedores entre 15 e 35 anos de idade.
Presidida pelo consultor de negócios e eventos George Lucas Zenha, 24 anos, a ACI Jovem conta com um grupo de 25 membros, entre conselheiros e diretores.
"Vamos nos dedicar a incubar sonhos desses jovens, com foco nos negócios, mas também apoiando os que pretendem uma carreira pública ou entrar em uma grande empresa", afirmou.
Zenha alerta os interessados que o importante não é abrir uma empresa, mas manter o negócio funcionando e gerando bons resultados.
Uma das inovações da ACI Jovem é o programa Bairro a Bairro.
"Vamos visitar todos os bairros da cidade nos próximos três anos, atraindo jovens de toda a cidade e descobrindo talentos", disse Zenha.
A ACI Jovem também encomendou uma pesquisa qualitativa que irá traçar um perfil dos jovens de São José.
Sucesso
O novo empreendedor, de qualquer idade, busca muito mais planejamento e conhecimento do negócio do que no passado.
Formada em direito e com experiência na área de tecnologia, Vanessa Polli, 26 anos, abriu a Polli Assessoria Digital, focada em um programa educativo de comportamento seguro na internet, destinado a instituições de ensino e também em assessoria a empresas para evitar o vazamento de informações pela rede.
"Contratei uma coach empresarial que planejou tudo. Passei 2012 testando o modelo, no ano seguinte apliquei os projetos e neste ano estamos funcionando plenamente", afirmou Vanessa.
Com seis funcionários, a empresa já possui 25 clientes permanentes, além de dezenas de outros com serviços únicos.
"O segredo é um bom planejamento, não basta ter só uma boa ideia", disse Vanessa.
Modismo
O advogado Bruno Afonso Chelou, 32 anos, exerceu a carreira por pouco tempo, até que sua vocação empreendedora falou mais alto.
Depois de abrir uma padaria no Jardim Aquarius, zona oeste da cidade, Bruno captou o modismo das casas de espetinhos e mudou o foco de seu negócio.
A guinada deu tão certo que o ponto até mudou de nome, hoje é o Aquarius Espetinhos Bar, já com seis anos de vida.
"Tive que ocupar a parte de cima da padaria para atender o movimento e o negócio não parou de crescer."
Tendo como sócio o irmão Rafael, que ainda trabalha como gerente em um banco, o empreendimento de Bruno passou a ocupar os dois pontos vizinhos, com uma restaurante de comida japonesa e um bar temático sobre esportes que já estará funcionando durante a Copa do Mundo", revela o empreendedor.
Em tempos de bons empregos raros e pouco estáveis, empreender parece ser cada vez mais uma opção correta para os jovens.
Fonte: o Vale
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