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Empreendedorismo

Boo, o cão que ensina a construir uma marca

11/04/2014

Eu tenho cachorro. Provavelmente, você, leitor, ou alguém da sua família também tem um. O meu é lindo. Além do cão, tenho uma gata de 15 anos. Muito bonita também. Mas nunca me ocorreu fazer deles um negócio. São meus bichinhos de estimação, minha posse, meu custo fixo.

Quando eu crescer como pessoa de negócios e marqueteira, quero ser como a suposta executiva do Facebook que nunca mostra o rosto, apenas as pernas e os sapatos. Ela fez do seu desejo de ter um animal de estimação impecável uma fonte de renda. Estou me referindo ao fenômeno chamado Boo, o Lulu da Pomerânia que tem cara de bichinho de pelúcia.

Boo tem o que você sempre sonhou para sua empresa, seu produto, sua celebridade. São 11.301.675 fãs em sua página no Facebook. Isso mesmo, mais de 11 milhões. E tem mais! São 2 milhões de pessoas falando sobre ele em algum momento. Uma figura pública que pode ser vista e admirada aqui. Só a título de comparação, Luciano Huck, com todos os seus anos de televisão, tem 13 milhões de fãs em sua página no Facebook.

Ashton Kutcher, um dos caras mais influentes da social media mundial, tem mais de 17 milhões de fãs. Dalai Lama, coitado, apenas 8 milhões. E o Instagram do Boo, meu Deus? Fiz umas contas básicas e eu levaria 3 séculos para ter mais de 200 mil seguidores. Pelo menos sem apelar para bizarrices e nudez.

Cada foto de Boo, geralmente acompanhado do seu companheiro peludo Buddy, tem 300 mil likes, milhares de comentários e compartilhamentos. É uma aula de engajamento, sonho de consumo de qualquer marqueteiro.

Dessa construção de imagem do ponto de vista de um cão que leva uma ótima vida, Boo, o verdadeiro rei do selfie, se transformou em um império. Dois livros de fotografias lançados, além de vários produtos testados e recomendados. Essa lista inclui um hotel 5 estrelas querendo reforçar o lado pet friendly. Apostando na empatia do cão e na força da sua mensagem, a Virgin America contratou o Boo e o figurante Buddy para deixar suas comunicações com o público, digamos, mais cute.

Para entender Boo, vale um pouco de tudo. Princípios de storytelling, conhecimento básico de redes sociais (imagens correspondem a 75% do conteúdo do Facebook, por exemplo). E, principalmente, a busca por um refresco, por bem-estar. Todo mundo quer um pouco de graça e inocência para se esquecer do trânsito e dos problemas.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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