O Brasil possui 33 centros de empreendedorismo em atividade, ligados a instituições de educação superior. O número é resultado da pesquisa “Centros de Empreendedorismo Acadêmicos no Brasil: Uma análise comparativo-prescritiva” divulgada pela primeira vez na manhã desta sexta-feira (11/10) durante a a Rodada de Educação Empreendedora Brasil 2013 (REE13), organizada pela Endeavor e o Sebrae na Fazenda Dona Carolina, em Itatiba (SP).
O trabalho, que foi apresentado pelo professor Marcos Hashimoto, demonstrou também que a principal atividade das organizações é o ensino (e não serviços de orientação a empreendedores). Apesar do foco, a produção acadêmica nessas instituições é considerada muito baixa menos de dois trabalhos publicados por ano.
O estudo fez uma comparação entre os centros de empreendedorismo em atividade no Brasil e dos Estados Unidos lá, há mais de 400 instituições com esse perfil em operação. Segundo Hashimoto, o Brasil está hoje em um patamar similar ao que os EUA estavam há 20 anos.
“Com isso, eu acredito que possamos estar no mesmo nível deles daqui a 20 a 25 anos”, afirmou. Outra diferença é que enquanto o Brasil dá foco para o ensino, os americanos têm uma atividade mais voltada para promover o empreendedorismo como um fim e oferecer serviços de apoio.
No levantamento, foi revelada a média de orçamento anual dos centros de empreendedorismo em atividade do Brasil de cerca de US$ 200 mil. O valor é significativamente mais baixo do que o registrado nos Estados Unidos de US$ 1.350 mil. Mas, de acordo com Hashimoto, esse não é um fator que impeça o trabalho dos centros de empreendedorismo no país.
A principal fonte dos recursos é a própria instituição mantenedora de ensino respondem por 64%. Nos EUA, a fatia corresponde a 39%. Não à toa, a busca por formas de diversificar a origem dos recursos e viabilizar a sustentabilidade financeira aparece na lista das preocupações dos entrevistados.
A pesquisa foi realizada com o envio de questionários a 900 centros de empreendedorismo no exterior e 376 no Brasil. O trabalho foi uma parceria da ANEGEPE (Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas) com o Sebrae.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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