Empreendedoras de todo o país têm até o dia 28 de fevereiro para se inscrever no Cartier Women's Initiative Awards, premiação criada pela maison francesa que homenageia empreendedoras dos cinco continentes. Em sua sétima edição, o evento dá às vencedoras o prêmio de 20 mil dólares, um ano de coaching empresarial e um convite para o Women’s Forum, um dos encontros mais importantes do mundo para mulheres à frente de negócios.
Para participar, é preciso cumprir um requisito básico: estar à frente de uma jovem empresa que promova algum bem à sociedade. "A ideia é que a Cartier se torne um parceiro do negócio em seus primeiros anos de vida", diz Maxime Tarneaud, country manager da companhia francesa no Brasil. A finalista, destaca o executivo, tem de ser a idealizadora do empreendimento. A inscrição para participar do Women's Initiative Awards deve ser feita pelo próprio site do prêmio.
Este ano, o objetivo de Tarneaud é atrair mais brasileiras para a competição. "O número de empreendedores no Brasil é muito alto, é o quarto maior no ranking mundial. E as mulheres representam quase metade disso", afirma. Mesmo assim, apenas uma representante nacional chegou à final da competição, desde que ela foi criada, em 2006. Thereza Bukow criou o projeto Bolsa Cheia, que funciona como uma rede de relacionamento para mulheres trocarem dicas de economia doméstica. A empreendedora de Franca, no interior de São Paulo, ficou entre as 18 selecionadas para participar da etapa final do prêmio, em 2010. Mas, no final, a vencedora para a América Latina foi a argentina Valentina Peroni, fundadora da Nutribaby, uma fabricante de alimentos orgânicos para bebês.
Engajamento
O objetivo da Cartier em promover um prêmio para empreendedoras é disseminar uma característica que faz parte da cultura da companhia há bastante tempo. "Acreditamos em igualdade, em oportunidades iguais". Segundo Tarneaud, as mulheres já são maioria entre os funcionários na joalheria francesa. Mesmo em cargos mais altos, normalmente dominados por homens nas organizações, a participação feminina é bastante relevante: as executivas representam 43% do comitê de direção da empresa. "Mas sabemos que não é assim em todo o mundo. A mulher ainda tem dificuldade em ser vista como empresária em muitos mercados".
E foi para levar um pouco dessa cultura a outros lugares que a Cartier se uniu ao Women for Women, uma entidade que ajuda mulheres em todo o mundo, para criar o evento. Cada empresa inscrita no Cartier Women's Initiative Awards é avaliada por um júri composto por especialistas de diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. Numa primeira etapa, 18 finalistas são selecionadas e, depois, seis delas são eleitas vencedoras, uma para cada continente.
No ano passado, Pequenas Empresas & Grandes Negócios conversou com Olivia Lazare, líder do projeto na Cartier. De acordo com ela, uma das principais características das empresas vencedoras e sua capacidade de crescer. "Todos os projetos premiados até agora têm em comum o fato de ser escaláveis. O júri do prêmio está atento ao potencial de crescimento internacional deles". Para Tarneaud, as brasileiras têm boas chances de conquistarem o prêmio este ano. "Temos ideias muito boas sendo desenvolvidas no país. É importante termos representantes fortes da maior economia da América Latina em um evento como este".
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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