Natural de Curitiba, capital do Paraná, Ricardo Pinto enfrentou dificuldades para visitar a família quando passou a fazer faculdade em São Carlos, no interior de São Paulo. Não existia uma linha de ônibus direta entre as duas cidades, então ele tinha que fazer conexão em Campinas, também em São Paulo, e torcer para que houvesse alguma poltrona vaga no próximo ônibus para Curitiba.
“Esse problema não afetava apenas ele, mas também outros fundadores do Chegue.Lá, que em julho de 2012 começaram as primeiras conversas para definir o que iriam desenvolver para resolver esse problema”, conta Vitor Braga, um dos sócios da startup que promete facilitar a vida de quem viaja de ônibus.
Com a ideia em mente, a equipe tomou forma e passou a trabalhar mais fortemente no projeto em novembro de 2012, quando conquistou o primeiro lugar no Startup Weekend, em São Paulo. Braga diz que em março de 2013 foi ao ar a primeira versão do Chegue.
Lá, com uma interface simples para realizar a venda de passagens de ônibus das viações parceiras, e em outubro do mesmo ano entrou em vigor a versão atual do site, que também possibilita ao usuário comprar passagens com conexões muito útil para as viagens que não têm rota direta. Na atual plataforma, além da compra de bilhetes com marcação de poltrona, o usuário consegue procurar o melhor trajeto e checar horários de partidas e chegadas.
Hoje, a startup conta com 30 viações parceiras e chega a atender 500 mil rotas, graças ao sistema que permite comprar passagens com conexão. Antes disso, a plataforma alcançava cerca de 60 mil trechos.
A ideia inovadora da Chegue.Lá fez com que a empresa conseguisse entrar no programa de aceleração da Wayra, da Telefônica, e fosse selecionada pelo Start-Up Brasil. As experiências têm sido positivas. Braga diz que com o dinheiro do Start-Up Brasil foi possível contratar pessoal para complementar a equipe, já o aporte da Wayra permitiu o investimento em aquisição de usuários e em outros aspectos-chave para o crescimento da Chegue.Lá.
“Com a mentoria e suporte da Wayra conseguimos criar, destruir e recriar tudo o que é o Chegue.Lá, com pessoas que já passaram por tudo que estamos passando algumas vezes, sendo um processo essencial para aumentarmos as nossas vantagens competitivas, afirma Braga.”
A startup recebeu ainda aporte da F2 Investimentos, mas não pode divulgar o valor.
Além do engenheiro de produção Braga e do engenheiro mecatrônico Pinto, também são sócios da Chegue.Lá os engenheiros da computação Felipe Arenales e Gabriel Resende e o também engenheiro de produção Vinicius Rodrigues.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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