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Empreendedorismo

Copa turbina franquias de turismo, que custam a partir de R$ 53 mil

31/03/2014

Os grandes eventos esportivos que serão realizados no Brasil –Copa do Mundo e Olimpíada e o aumento de renda da nova classe média fazem do turismo um bom negócio no país, segundo especialistas.

Para os empreendedores interessados em abrir um negócio na área, há opções de franquias de agências de turismo e de hotéis com investimentos que vão de R$ 52,9 mil a R$ 6,1 milhões.

O menor investimento, de R$ 52,9 mil, é para abrir uma agência de viagens IE Intercâmbio no Exterior. O maior, de R$ 6,1 milhões, é para uma unidade do Hotel 10, com 82 quartos. Todos os valores incluem custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro.

O faturamento de uma franquia do setor vai de R$ 50 mil, caso das redes IE – Intercâmbio no Exterior e Clube Turismo, a R$ 400 mil, caso da Tam Viagens. O investimento inicial para abrir uma franquia da Tam Viagens é a partir de R$ 300 mil.

Segundo Rogério Feijó, diretor de inteligência de mercado da ABF (Associação Brasileira de Franchising), a receita das franquias do ramo de agência de viagem pode ser alta e, em alguns casos, ultrapassar o investimento inicial.

Isso ocorre, de acordo com ele, por causa das parcerias que elas têm com grandes companhias aéreas, redes de hotéis, além dos intercâmbio que elas firmam com outras agências internacionais. Com isso, de acordo com Feijó, elas conseguem preços muito mais atraentes.

No ramo de hotelaria, o Hotel 10 oferece uma receita mensal de R$ 270,6 mil, com lucro líquido de até R$ 100,1 mil. Para chegar a este rendimento mensal foi considerado um estabelecimento com 82 quartos, com 100% de ocupação. A rede afirma que fatura em média R$ 3.300 com cada acomodação por mês e o lucro médio sobre cada uma delas é de 37%.

De acordo com Feijó, o setor é promissor e há espaço para novos empreendimentos. Ele diz que entre as agências de turismo, há aquelas para o público em geral e as especializadas, cada uma com características diferentes.

"As agências de viagem comuns, voltadas para famílias e para o grande público, lucram com o volume de vendas, então, elas têm margens de lucro menores. Já as especializadas, como as de intercâmbio, que mandam alunos individualmente para o exterior, ou corporativas, têm margens maiores porque oferecem um serviço personalizado", declara.

Ele diz que, na hotelaria, os leitos que estão sendo construídos para a Copa do Mundo podem ajudar cidades menos desenvolvidas a encontrar novas vocações e negócios. "As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro concentram boa parte das feiras e congressos do Brasil. Com uma melhor estrutura hoteleira, outras cidades poderão desenvolver o turismo de negócios", declara.

Para João Augusto Bueno, diretor da Fabrica3, consultoria especializada em franquias, as vantagens de pertencer a uma rede é entrar em um negócio já validado, contar com o apoio e a experiência da empresa franqueadora, ter ganho de escala, isto é, conseguir melhores preços na compra de insumos, além da marca mais conhecida.

"O franqueado vai, basicamente, atender clientes e vender o produto. Não precisa fazer planejamento estratégico, campanhas de marketing, promoções nem pensar em lançamentos, pois ele já recebe tudo pronto da franqueadora", diz.

Pensar só na Copa pode trazer prejuízo; parcerias devem ser avaliadas
Marcus Rizzo, sócio da consultoria da Rizzo Franchise, diz que quem está investindo no setor pensando apenas na Copa do Mundo pode se dar mal. "O objetivo deve ser perpetuar o negócio, e não depender de eventos sazonais", declara.

Por isso, ele destaca que a localização e a escolha da empresa franqueadora são muito importantes para empreendimentos hoteleiros. "O franqueador tem de ter esquemas para favorecer e melhorar taxa de ocupação do hotel, como uma central de reservas. Boa localização também é fundamental", afirma.

Na hora de escolher uma agência de turismo, ele diz que o candidato deve conhecer as parcerias da franqueadora e se elas permitirão que ele ofereça um bom serviço ao cliente.

"Neste mercado, é comum que as franquias revendam passagens aéreas de determinadas empresas parceiras. Por um lado, isso limita as opções de vendas, já que o cliente pode encontrar preço melhor em outro lugar. Por outro lado, ele não consegue bons preços sozinho, depende da escala da franqueadora", diz.

Fonte: Uol

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