A educação empreendedora foi tema da pré-abertura da Semana Global de Empreendedorismo, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (13/11), em São Paulo.
Na mesa de abertura, representantes de entidades educacionais e de capacitação falaram da importância do assunto e contaram histórias de sucesso entre jovens, universitários e pessoas de camadas mais pobres da população.
O Grupo Anhanguera Educacional foi representado pela professora Gisele Pinheiro. Ela citou o esforço do grupo em incentivar os alunos a se tornarem empreendedores, por meio de disciplinas nas aulas e atividades fora da sala de aula. O empreendedorismo, diz Gisele, vai ao encontro de dois valores da Anhanguera: a capacidade do aluno em transformar a vida pela educação e a preocupação do grupo em oferecer a ajuda necessária para que isso aconteça.
Gisele citou o projeto de dois alunos da Anhanguera ambos criaram projetos de inovação. O primeiro é Juan de la Jara, que tem um projeto de uma "cidade audível", para facilitar a vida de deficientes visuais, como o pai dele. A outra é Danielle Melo, que criou o Estúdio Lanterna a partir de seu trabalho de conclusão de curso.
Gabriel Rubbo Gonçalves, gerente de novos negócios da Junior Achievement, falou sobre o trabalho da associação. A entidade surgiu nos Estados Unidos, em 1919, e está no Brasil há 30 anos com o objetivo de levar o empreendedorismo a jovens dos ensinos fundamental e médio.
Guilherme Reischl e Cristiano Martins, fundadores da Egali Intercâmbio, são exemplos de pessoas que cursaram o Programa Miniempresa da Junior. Outro caso abordado por Gonçalves na mesa é o de André Cruz, pernambucano que hoje trabalha na Gerdau. "Apesar de ele não ter criado sua empresa, a história dele merece destaque. Ele sempre estudou em colégio público, foi cobrador de ônibus por oito anos e não desistiu de entrar na faculdade", afirma o diretor da Junior Achievement. Hoje, Cruz estuda engenharia na Universidade de Pernambuco (UPE).
Outra participante da mesa foi Luísa Bonin, diretora de marketing da Aliança Empreendedora. O objetivo da entidade é transformar a vida de pessoas de baixa renda por meio do empreendedorismo. Luísa falou de projetos da Aliança voltados para catadores, cabeleireiras e vendedoras de laticínios.
Por fim, os participantes afirmaram que a ajuda ao empreendedor é necessária, mas, conforme os negócios vão avançando, é necessário que o dono vá aprendendo "a voar com as próprias asas".
"O suporte é maior em uma determinada fase, mas vai reduzindo. O empreendedor também precisa querer crescer", disse Gisele.
O evento desta quarta funcionou como um "aquecimento" para a Semana Global de Empreendedorismo, que acontece entre os dias 18 e 24 de novembro em 130 países. No Brasil, a Semana Global terá atividades em várias cidades. Segundo a organização, a expectativa é de que o evento leve informações para mais de dois milhões de brasileiros.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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