O estado de Sergipe é o menor do país. Apesar disso, a região vem chamando a atenção de investidores por descobertas nos setores de petróleo e mineração. Sua principal cidade, Aracaju, é considerada a capital menos desigual do Nordeste e tem um dos maiores crescimentos populacionais do país – no entanto, só tem dois shopping centers. Desde março, o estado ganhou uma empresa para diminuir esses contrastes: a Nova Sergipe, criada com o objetivo de impulsionar empreendimentos imobiliários no estado.
O fundador da empresa é o sergipano Expedito Júnior, 35 anos. Esta é sua segunda empresa - antes ele comandava a Immobile, um escritório de arquitetura. Antes disso, Júnior já havia trabalhado como gerente de uma incorporadora. Com a Nova Sergipe, ele quer atuar em todas as etapas da construção de um empreendimento, da identificação do terreno ao acompanhamento da obra.
Segundo ele, a função da Nova Sergipe se justifica por sua experiência no setor imobiliário de Sergipe e pela demanda de empresas, que querem investir no estado mas não conhecem muito bem a região. "Com a Immobile, ficávamos focados na arquitetura, mas agora podemos auxiliar as empresas desde o nascedouro dos empreendimentos", afirma ele. Com o lançamento da Nova Sergipe, a Immobile se tornou parte do novo negócio.
Em poucas palavras, de acordo com Júnior, a função da Nova Sergipe é ajudar todos os players do setor imobiliário a construir instalações que mudem a região, com boa rentabilidade e trazendo desenvolvimento ao estado. E como funciona essa ajuda? Aí depende. O fundador da Nova Sergipe explica. "Nós atuamos de acordo com a demanda dos interessados. Alguns chegam até nós com um projeto pronto, outros não. A empresa tem uma inteligência que permite a nossa participação em todas as etapas do processo", diz Júnior. Assim como a área de atuação da empresa, a Nova Sergipe quer atuar em empreendimentos variados, de apartamentos a construções para a indústria.
O modelo de negócio da Nova Sergipe também varia de acordo com o projeto atualmente, são 40, em vários estágios de desenvolvimento. Mas basicamente, nos casos em que há o auxílio a empresas de fora, a Nova Sergipe recebe o valor que seus parceiros gastariam caso resolvessem mandar equipes para Sergipe. "Além de não precisar enviar pessoal para cá, eles ainda podem contar com a expertise da Nova Sergipe", diz o fundador da empresa.
De acordo com Júnior, o fato de a Nova Sergipe ter surgido a partir da Immobile e tê-la absorvido logo depois impossibilita um cálculo fiel do faturamento deste ano. Para o ano que vem, a meta é faturar R$ 2 milhões. De imediato, a empresa pretende atuar só em Sergipe, mas não descarta atuar em estados próximos, como Alagoas e Bahia.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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