A maternidade despertou na administradora Thaise Calaça, de 32 anos, mais do que o amor incondicional pela filha (hoje com dois anos e meio), mas também a vontade de realizar um sonho antigo: o de empreender. Foi durante a gestação que descobriu um nicho de mercado pouco explorado e que, além de trazer rentabilidade, poderia levar uma mensagem de bem-estar e autoestima a mulheres grávidas. Ela lançou uma linha de peças íntimas adaptada para gestantes: a Amari Lingerie.
A empreendedora conta que, durante a gravidez, foi em busca de lingeries para as suas novas necessidades. Mas, segundo ela, os produtos encontrados no mercado eram muito básicos, como se a mulher deixasse de ser feminina nesse período. “Acabei comprando, mas isso me incomodou muito”, relata.
A partir daí, com a ajuda do Sebrae em Goiás, Thaise iniciou o processo para a formatação de sua marca. Primeiro, realizou pesquisa de mercado com 96 mulheres que se encaixavam no perfil desenhado para a marca. Durante o trabalho, confirmou que o desejo das mulheres realmente era o de usar, durante a gravidez, peças de lingerie parecidas com as que usaram a vida inteira.
"O diferencial está justamente no fato de a marca ter sido criada com base no desejo das mulheres e de ter um olhar especial para as gestantes. Até mesmo o nome, Amari, que significa plenitude em japonês, foi pensado a partir da pesquisa. Foi um projeto que surgiu em abril do ano passado. Além de ter feito pesquisa de mercado, participei do seminário Empretec, do Sebrae, e fiz MBA em Processo Produtivos do Vestuário."
Thaise ainda fez treinamento para elaboração do plano de negócios e consultorias de marketing, financeira e vendas. O esforço, em conjunto com outros profissionais, resultou em coleção com dez looks (conjuntos de calcinha e sutiã). Todos elaborados por um designer, mas com toque da empreendedora. As peças têm características bem femininas e estampas delicadas.
Além disso, conta a empreendedora, os produtos são delicados, confortáveis e trazem uma inovação: as rendas, muito usadas em lingeries tradicionais, mas que não eram encontradas em linhas pós-parto, por exemplo. “Quero levar a sensação de bem-estar e autoestima”, diz. Defensora da amamentação, Thaise ainda foi atrás de informação de profissionais de saúde para desenvolver um sutiã que protege o seio e evita o empedramento do leite.
Thaise abriu a empresa em janeiro deste ano e lançou a marca no mercado em setembro. A marca é de atacado e, por isso, introduzida em pontos de vendas de outros lojistas – em lojas de artigos para gestantes e de lingerie multimarcas.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Voltar | Índice de Empreendedorismo |