A história de sucesso da empresa Avoador do Mário começou com um empréstimo de R$ 400. Há 13 anos, a empresária Joelma Gonçalves da Silva fabrica o biscoito tão apreciado pelos moradores da cidade de Irecê, no Centro-Norte baiano. Ela aprendeu a fazer a guloseima com
sua mãe e, para aumentar a renda, resolveu vendê-la. Com o dinheiro emprestado do amigo, Joelma e o marido construíram um forno de barro e começaram a produção no fundo de um depósito alugado.
No início, só trabalhavam quatro pessoas na fábrica: o casal e mais dois ajudantes. O negócio era informal e foi crescendo gradativamente. Nessa época, Joelma já fazia cursos no Sebrae. “Com o aumento na produção e nas vendas, decidimos nos formalizar e, hoje, distribuímos os nossos produtos para mercadinhos, padarias e todos os supermercados da cidade” explica. Além dos pontos comerciais, a empresária também busca as feiras livres da região. “Eu chego na feira com cerca de mil pacotes e vendo tudo bem rápido. É uma forma de arrecadar dinheiro sem demora e reinvestir no negócio”.
Após a formalização, há quatro anos, a empresa vem crescendo e já quadruplicou a renda. Hoje, Joelma está em um ponto próprio com espaço amplo que abriga a fábrica, o setor de embalagem, a parte administrativa e o ponto de venda. São 14 funcionários que se revezam fabricando bolos, rosquinhas, biscoitos, delícia de tapioca, além do tradicional avoador, que é o produto mais vendido da empresa.
A empreendedora atribui o sucesso do negócio a muito trabalho e qualificação. “Faço questão que meus funcionários também se qualifiquem. Já fiz os cursos de gestão financeira, atendimento ao cliente e também recebi agentes do programa Negócio a Negócio. Os cursos têm nos ajudado a enxergar melhor o mercado e a tomar as decisões com mais cautela e conhecimento”, diz.
Recentemente, Joelma adquiriu mais uma máquina para auxiliar na produção. “Participei de uma feira panificação em São Paulo, com apoio do Sebrae, e adquiri uma máquina seladora. Agora, são três fornos industriais, uma máquina pingadeira e três para bater a massa”. Ela integra também a Associação de Panificadores da Região de Irecê (Apanir), organização idealizada pelo Sebrae que oferece cursos e consultorias na área de panificação. “Com a Apanir, participamos de cursos e feiras que têm ajudado a nos manter no mercado. Nas capacitações, aprendemos sobre formação de preços, produção e distribuição”.
Qualificação
O próximo passo é expandir a produção e atender à demanda de toda a região. “Hoje, estamos trabalhando até final de semana para atender aos pedidos. As vendas só aumentam e meu sonho é um dia poder atender todas as cidades da região”, vislumbra. Para a técnica da Unidade Regional do Sebrae em Irecê, Rosiane Cordeiro, o sucesso dos negócios depende da capacitação dos funcionários e da qualificação do empresário. “Joelma sempre participa das soluções oferecidas pelo Sebrae e está colhendo os resultados com o crescimento contínuo da sua empresa”, ressalta.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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