De olho na lei que regulamenta a venda de comida de rua em São Paulo (SP), aprovada em dezembro de 2013, a franquia Salgado Mania quer expandir sua rede de lojas móveis em vans e cabines de alumínio parecidas com contêineres. Cada unidade da rede pode atingir um faturamento mensal que vai de R$ 55 mil a R$ 65 mil.
A rede vende salgados pequenos como coxinha, bolinho de queijo, quibe, esfiha e empada. Cada quitute sai por R$ 0,69. O combo com cinco unidades custa R$ 2,99, mesmo preço de um brigadeiro ou uma unidade dos demais doces. Já a batata frita (porção pequena) e os hambúrgueres simples custam de R$ 3,99 a R$ 6,99.
O fundador da rede, Gustavo Ely Chehara, 32, diz que a franquia pretende abrir 35 unidades móveis até o fim de 2014. "São modelos de negócio que tendem a crescer por conta da nova lei de comida de rua em São Paulo. Esperamos que outras cidades adotem medidas semelhantes", afirma.
Segundo a empresa, o investimento inicial de uma van adaptada é a partir de R$ 139 mil (inclusos taxa de franquia, veículo, adaptação e capital de giro). A cabine, chamada de modelo box, custa R$ 99 mil. No entanto, é preciso ter um carro para levá-la até o ponto de venda.
De acordo com o empresário, para chegar ao faturamento mensal de R$ 55 mil a R$ 65 mil é preciso vender entre 9.483 e 11.207 salgados por mês. Chehara afirma, também, que as unidades conseguem atingir este resultado.
O lucro líquido do negócio é de 15% a 20% (de R$ 8.250 a R$ 13 mil). O retorno do investimento vem em 18 meses, de acordo com a franquia.
Modelo box precisa ser puxado por carro
Segundo Chehara, os veículos que comportam os modelos móveis são o Renault Master, Mercedez Sprinter e Fiat Ducato. Os mesmos modelos podem ser usados para puxar as unidades box, mas precisam de um engate na traseira.
Dependendo do ano do carro, o preço pode variar de R$ 30 mil a R$ 90 mil, de acordo com a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
O empresário diz que o modelo box é o mais indicado para o franqueado que pretende ter mais de um ponto. "Não é necessário ter um veículo para cada unidade. Um mesmo carro pode levar e buscar várias cabines durante o dia, sem a necessidade de ficar parado ao lado delas o tempo todo."
Franquia não paga aluguel, mas tem seguro, combustível e IPVA
De acordo com Chehara, os modelos móveis são uma alternativa para o alto custo do aluguel de imóveis em grandes cidades. "Um aluguel caro reduz o lucro do empresário. Sem este custo, a rentabilidade tende a ser maior", declara.
No entanto, segundo a sócia-diretora da consultoria Franchise Store, Filomena Garcia, um automóvel tem outros gastos que um imóvel não tem, como combustível, seguro, IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e a própria manutenção do carro.
"É preciso avaliar todas as despesas antes de investir, caso contrário, o empreendedor pode ter gastos na mesma proporção ou ainda maiores com o veículo", afirma.
Permissão para negócios móveis é diferente para cada cidade
Segundo a consultora, cada município tem sua legislação para tratar da venda de comida de rua. Nas cidades em que a atividade não é permitida, o empresário só pode estacionar e vender os alimentos em espaços particulares, como pátios e estacionamentos de empresas.
Por isso, Garcia afirma que o empreendedor deve perguntar ao franqueador e checar com o município em quais áreas ele poderá atuar.
"Se for permitido apenas o comércio em espaços privados de outras empresas, é importante perguntar aos donos desses espaços se eles aceitariam uma parceria para a venda de alimentos no local", declara.
Fonte: Uol
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