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Empreendedorismo

Hamburgueria Johnny Rockets, com jukebox nas mesas, quer mais lojas no país

09/04/2014

A rede de hamburguerias americana Johnny Rockets, conhecida por sua decoração clássica dos anos 1950 e pelas jukebox ("toca-discos" retrô) que deixa nas mesas, nas quais os clientes escolhem gratuitamente músicas, quer abrir até 21 lanchonetes no Brasil até 2015.

As primeiras unidades foram inauguradas em São Paulo, no Internacional Shopping Guarulhos, em dezembro do ano passado, e no Tietê Plaza Shopping, em março deste ano. A meta é encerrar 2014 com nove restaurantes abertos no Estado.

Em 2015, a rede quer abrir, no mínimo, 12 unidades. O Rio de Janeiro deverá receber de cinco a sete lanchonetes. Em Minas Gerais, serão instaladas três e, em Brasília, duas. Para facilitar a expansão, a rede busca parceiros locais para ficarem à frente das operações em seus Estados.

A proposta da Johnny Rockets é firmar contratos com sócios minoritários. Eles assumiriam parte do investimento e teriam direito a um percentual de lucro proporcional ao capital aplicado na abertura do negócio.

"O tipo de contrato ainda não está definido, mas estimamos que a participação dos sócios no negócio deverá ser em torno de 30%. Não queremos grandes investidores, mas operadores para administrar os restaurantes", declara Antônio Augusto de Souza, empresário responsável pela marca no país.

O negócio é diferente do que é proposto no sistema de franquias. No caso da Johnny Rockets, o empresário que quiser uma unidade da rede terá de assumir apenas parte do investimento e terá direito a uma parte proporcional do lucro.

No caso da franquia, o empresário assume todo o investimento exigido para a abertura da unidade e fica com todo o lucro gerado, que, normalmente, é de 10% a 15% do faturamento, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).

O investimento inicial médio estimado para um restaurante Johnny Rockets é de US$ 600 mil (ou cerca de R$ 1,3 milhão). A rede não revela o faturamento.

Para Nuno Fouto, professor do Provar/FIA (Programa de Administração do Varejo da Faculdade Instituto de Administração), a estratégia de expansão da rede, com parceiros locais que serão sócios minoritários, demonstra cuidado com o posicionamento da marca.

"Dessa forma, eles mantêm o poder de decisão sobre as operações. Ao mesmo tempo, utilizam o que há de melhor no sistema de franquias, que é poder crescer com o dinheiro de terceiros, ainda que parcialmente. É uma estratégia muito inteligente para os dois lados, pois diminui o risco do investidor minoritário", diz.

Cardápio americano deverá ganhar pratos nacionais
Inicialmente, o cardápio do restaurante no Brasil é igual ao americano, e tem somente a inclusão do hambúrguer de picanha, que, segundo Souza, é um dos preferidos dos brasileiros. A rede também trouxe para o Brasil as jukeboxes, que serão distribuídas nas maiores mesas das lanchonetes.

Além do hambúrguer de picanha, fazem sucesso o sanduíche #12, feito com hambúrguer, queijo tipo cheddar, alface, cebola fatiada, picles, maionese e molho especial, que custa R$ 21,90, e os milk-shakes. São 20 opções de sabores da bebida, com preços que vão de R$ 16,90 a R$ 20,90.

Com o tempo, a rede estudará a necessidade de criação de pratos executivos para o almoço de segunda a sexta-feira, respeitando os hábitos locais, já que, de acordo com Souza, o brasileiro não está habituado a almoçar hambúrguer durante a semana.

Concorrência é grande, principalmente no eixo Rio-São Paulo
Para Luis Stockler, da consultoria de varejo baStockler, há espaço no mercado para novas hamburguerias, embora existam várias com o conceito de hambúrguer gourmet. "Em São Paulo e no Rio de Janeiro, principalmente, há muita concorrência. Entretanto, não existe uma grande rede com abrangência nacional, e muitas capitais ainda não são atendidas."

Stockler afirma, ainda, que existe uma tendência de instalação de restaurantes com salão próprio em shopping centers, o que também contribui para o sucesso deste tipo de negócio. "Os novos shopping centers já inauguram com vários restaurantes. Os antigos têm mais dificuldade até por limitações de espaço, mas alguns estão fazendo reformas para se adaptar."

Fonte: Uol

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