Não são apenas os brasileiros que criam negócios para aproveitar as oportunidades geradas pela Copa do Mundo e as Olimpíadas no país. Os gringos também estão aproveitando o momento.
O inglês Matthew Parker é um deles. Residente na Austrália, ele cria negócios para eventos esportivos desde as Olimpíadas de Sydney, em 2000. “Nesta edição dos jogos, eu tive uma experiência pessoal positiva com o aluguel de casas,” afirma. Para não ficar por fora das competições de 2014 e 2016 no Brasil, ele lançou um site de crowdsourcing para fazer o mesmo por aqui.
O Brazil Rent My House (em português, Brasil Alugue Minha Casa) foi ao ar no final de 2013 e segue o mesmo padrão do projeto que o empreendedor fez durante as Olimpíadas de Londres, realizada em 2012, com o London Rent My House. Pessoas interessadas em disponibilizar suas residências para turistas durante a Copa de Mundo e as Olimpíadas pagam uma taxa de US$ 39 para cadastrarem suas casas no site. Segundo o empreendedor, o modelo é diferente do Airbnb porque ele não recebe comissões dos alugueis nem interfere em negociações. Os usuários interagem entre si e combinam as transações por meio do site, que estabelece uma divisão entre locadores e locatários. “Vigio o site e algumas mensagens por questões de segurança, mas deixo as pessoas livres para estabelecerem acordos.”
Além disso, Parker afirma que turistas costumam desembolsar mais dinheiro pelos imóveis durante eventos esportivos. “O preço do aluguel para a Copa já é o triplo do normal. Mesmo assim, as pessoas pagam o valor porque as diárias de hotéis estão ainda mais caras,” diz.
Parker tem observado, por tocar o negócio sozinho, que a maioria dos usuários do Brazil Rent My House vem da Europa, do Canadá e dos Estados Unidos. Os turistas também costumam alugar casas em grupos de cerca de cinco pessoas.
Especializado em programação, ele acompanha de perto os números de seu site. Em média, em um mês ele recebe 100 novos cadastros e posta cerca de 300 anúncios de casas. “Tenho expectativas ainda maiores para as Olimpíadas no Rio de Janeiro,” afirma. De acordo com o empreendedor, a Copa é um evento realizado em várias cidades do país, onde as pessoas costumam permanecer por poucos dias. Já as Olimpíadas ocorrem em um único lugar, onde os espectadores se instalam por cerca de duas semanas e por isso recorrem mais ao aluguel de casas.
O criador do site pretende expandir seu negócio para além dos eventos esportivos. Nos próximos dois anos a ideia é criar um site mundial de aluguel de casas. Para Parker, as Olimpíadas de 2016 serão um teste para verificar se ele terá condições de seguir com seus planos de crescimento.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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