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Empreendedorismo

Inovação é oxigênio e diferencial para os pequenos negócios

18/12/2014

Aos 26 anos, o jovem Marcelo Folha Júnior aprendeu uma lição que mudou a história do Corleone Restaurante e Eventos, espaço aberto por ele e mais dois sócios há  dois anos. Segundo ele, inovar é preciso para se manter no mercado. Afinal, em pelo século 21, não dá para ignorar que a inovação é oxigênio para as empresas, independente do seu tamanho. A medida agrega valor aos produtos e diferencia o empreendimento no ambiente competitivo.


Formado em Administração, graduando do curso de Direito, e pós-graduado em gestão financeira, Marcelo Folha admite que não se preparou para empreender. “Eu não fiz o básico do que reza a cartilha de quem quer abrir um negócio, como elaborar um plano de negócio”, diz o empresário, que conseguiu tirar o empreendimento do vermelho graças ao atendimento que recebeu do Sebrae, por meio do programa Agentes  Locais de Inovação (ALI). “O primeiro passo foi realizar o diagnóstico do restaurante. Ele foi a base para a elaboração do plano de ação e apontou as melhorias que deveriam ser adotadas”, explica a analista do Sebrae no Pará Naiana Mainieri, gestora do ALI no estado.


O estudo mostrou dois pontos a serem trabalhados: mensurar os resultados e elaborar um plano de comunicação.  “Com o plano, viramos o jogo e tiramos o restaurante do vermelho. Definimos nosso público e criamos o sucesso da casa, que é o almoço executivo, hoje custando R$ 16,99. Também ampliamos o recebimento de vale alimentação e criamos descontos promocionais para empresas e o cliente fidelizado”, reforça.


Segundo Marcelo, com essas medidas o número de clientes mais que duplicou, diariamente. “Temos 160 clientes e vendemos perto de 60 almoços executivos por dia”, ressalta o empresário, lembrando que o objetivo é intensificar as ações de melhoria de produtos, atendimento e gestão do negócio, a partir dos resultados das pesquisas de satisfação que vem realizando e com a implantação da ISO 9001, norma da qualidade.


O jovem empresário Vitor Alves, 25 anos, comanda a área de inovação e software da Empresa Brasileira de Informática (EBI). Fundada pelo pai, Célio Alves, há 21 anos, a EBI conquistou o mercado, sendo, hoje, referência no ramo de automação, com um portfólio de 4,5 mil clientes no estado. “Crescemos uma média de 30% ao ano”, frisa Vitor. Segundo ele, esse crescimento poderia ter sido maior se tivesse percebido antes a necessidade de alguns ajustes. “O agente de inovação do Sebrae nos ajudou a ver que somos bons na área de tecnologia, mas que era preciso melhorar na gestão da empresa, principalmente nas áreas financeira e de pessoas”, destaca.


O empresário, que foi vencedor da etapa estadual o Prêmio MPE Brasil – Prêmio de competitividades para as Micro e Pequenas Empresas, na categoria Serviços de Tecnologia da Informação e destaque de Responsabilidade Social, ciclo 2013, tem planos ousados para a EBI. “A nossa meta é crescer 50%, em relação ao que somos hoje, até final de 2015”.


Destaque internacional


Os investimentos em um produto inovador rendeu à Ytchie Comércio de Peças e Acessórios, dos sócios Dilson Iamamoto e Eduardo Arima, o prêmio Stefhan Schmidheiny em 2013, promovido pelo Centro de Intercâmbio e Conhecimento, da Costa Rica, para reconhecer empreendedores sociais e seus novos e mais efetivos modelos de criação de valor.


A empresa venceu na categoria Inovação no Impacto Ambiental, por causa do BioMagnetizer, um energizador biomagnético feito de imãs de cerâmica natural que funciona com força magnética monopolar junto ao fluxo de combustível, onde organiza as moléculas para uma melhor combustão nos motores que trabalham com álcool e combustíveis derivados do petróleo. De acordo com seus fabricantes, esse dispositivo é capaz de deixar um carro até cinco cavalos mais potente, 25% mais econômico e poluir 96% menos o meio ambiente.


A empresa, que foi a única vencedora no Brasil, concorreu com mais de 450 projetos de todo o mundo, ficando entre os 22 selecionados, após as quatro etapas do prêmio. “Nem sabia que eu era um empreendedor social, por trabalhar com a despoluição, ajudando na redução de doenças”, comenta Dilson. O empresário viajou para a Costa Rica com tudo pago para receber a premiação e participar de uma oficina de empreendedorismo social.


“A premiação é o reconhecimento de anos de dedicação e investimentos de dinheiro e tempo de nossas vidas. Ela dá mais credibilidade ao nosso produto”, diz Eduardo. Segundo o empresário, o apoio de algumas entidades e instituições foi fundamental para as conquistas. “Agradecemos muito ao Sebrae, que nos tem apoiado na participação em grande eventos, como Feira do Empreendedor e Rio + 20”, comenta.


A instituição também prestou apoio aos empresários por meio do ALI. “Apoiamos na busca de parceiros e instituições que viabilizassem o projeto, além de oferecer consultorias para o planejamento adequado da empresa”, informa a gestora do Sebrae Naiana.


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