Você é mulher e empreendedora? Sim? Então tem muitos motivos para sorrir. Pelo menos é o que aponta o resultado do último Global Entrepreneurship Monitor, o maior levantamento sobre empreendedorismo do mundo, que afirma: as donas de empresas estão entre as pessoas mais felizes de todo o planeta.
Para chegar a esse resultado, a pesquisa analisou o nível de bem estar e satisfação com o trabalho de empreendedores e não empreendedores em 70 países. A maior parte dos empresários usou as respostas "minha vida está próxima do ideal" e "se eu pudesse começar tudo de novo, não mudaria absolutamente nada" para falar sobre como se sentem a respeito de suas carreiras.
É claro que toda essa felicidade não apareceu da mesma forma em todas as regiões analisadas. Na África Subsariana o nível registrado foi o mais baixo, enquanto a América Latina e América do Norte apresentaram os índices mais altos. Mas, na comparação entre gêneros, as mulheres a frente de empresas se mostraram mais contentes com seu trabalho de uma maneira geral em todo o mundo. O GEM não deixa claro o porquê de as empreendedoras se sentirem mais felizes, mas outros dados apurados pelo levantamento podem explicar os motivos.
Para medir o índice de felicidade das empreendedoras o GEM levou em conta o balanço entre vida pessoal e carreira. O rígido modelo corporativo não consegue acomodar todas as necessidades das mulheres. Como elas ainda são as principais responsáveis pela criação e pelos cuidados de crianças e idosos na família, a falta de flexibilidade de horários e tempo livre nas organizações dificulta - e muito - a conciliação entre a vida pessoal e a carreira. Muitas são atraídas pelo empreendedorismo justamente pela possibilidade de montar sua própria agenda.
Outro fator que torna as empreendedoras mais felizes é o fato de o dinheiro não ser tão importante quando a mudança que elas geram na sociedade. O projeto "1.000 Stories", que conta as histórias de empreendedoras pelo mundo, fez uma pesquisa para saber o que motiva as mulheres a começarem um negócio. As respostas surpreenderam: para as entrevistadas, fazer a diferença e mudar o mundo são fatores muito mais importantes do que ganhar dinheiro e gerar riqueza. Um dado do GEM também comprova esse resultado. Segundo a pesquisa, o número de mulheres criando empreendimentos sociais está ultrapassando o de homens em países como Rússia, Argentina, Israel, Líbano e Islândia. No Brasil e nos Estados Unidos esse índice é equilibrado. Ter um trabalho com uma causa por trás, capaz de mudar a sociedade ao seu redor, é um fator que gera felicidade.
E vocês, leitoras empreendedoras, também se sentem felizes?
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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