Foi divulgada recentemente - em comemoração ao mês da mulher - uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O tema está na agenda do dia: o perfil das empreendedoras brasileiras.
Realizada nas 27 capitais do país, a pesquisa procurou identificar quem são e o que querem as mulheres donas de negócios no Brasil. O que mais chamou atenção nos dados coletados foi a dedicação destas mulheres aos seus empreendimentos. Elas não os trocariam nem por um emprego fixo nem se o companheiro pedisse.
Pela pesquisa, ficou claro que o que mais atrai estas mulheres ao mundo empreendedor é a flexibilidade (83% delas afirmaram conseguem flexibilizar seu horário de trabalho). Mais do que a paixão pelo que faz ou a perspectiva de ganhar muito dinheiro, o que estas mulheres prezam é a liberdade e a possiblidade de conciliar trabalho, filhos e casa.
Quem é mulher, dona de casa, esposa e mãe sabe a dificuldade que é equilibrar todas estas funções. E, apesar do quadro estar mudando, elas ainda trabalham o dobro de horas que seus maridos nos afazeres domésticos.
A diferença é que, para as empreendedoras, parece possível levar os filhos ao médico no meio da tarde e compensar o trabalho durante a noite sem ter que encarar o olhar questionador do chefe ou dos colegas de trabalho.
Talvez por isso, 78% das entrevistadas não sentem nenhum tipo e culpa com a divisão do tempo entre sua atividade profissional e familiar. E, mesmo com as dificuldades enfrentadas pela dupla jornada, dão nota 8,6 em termos de satisfação com a atividade profissional.
* Ana Fontes é fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do NATHEIA.
Fonte: Exame
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