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Empreendedorismo

Pequenos negócios vendem produtos e serviços no Vale do Silício

22/08/2014

Trinta empreendedores brasileiros, donos de startups em diferentes estágios de operação, vão participar de um dos mais importantes eventos de tecnologia do mundo e que funciona como uma vitrine para captação de investimentos estrangeiros. O TechCrunch Disrupt acontecerá de 8 a 10 de setembro, no Vale do Silício (EUA). Os empresários contam com o apoio do Sebrae e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).

“Faz parte da natureza das startups a busca pelo crescimento rápido e, para tal, elas necessitam estar preparadas para aproveitar as oportunidades e ampliar seus negócios”. Márcio Brito - Gestor do Projeto de Startup do Sebrae Nacional

Antes de embarcar rumo aos Estados Unidos, os donos de pequenos negócios selecionados estão recebendo um treinamento para se apresentarem diante dos investidores americanos. Esse será o primeiro evento dessa natureza em âmbito nacional. Participam empresários de 13 estados (AL, AP, CE, ES, MG, PE, PR, RJ, SC, SP, TO e DF). “Faz parte da natureza das startups a busca pelo crescimento rápido e, para tal, elas necessitam estar preparadas para aproveitar as oportunidades e ampliar seus negócios”, afirma o gestor do projeto de Startup do Sebrae Nacional, Márcio Brito. “Esse treinamento é uma forma de preparar os empreendedores para encarar o mercado internacional”, ressalta.

O treinamento está sendo realizado durante todo o mês de agosto, onde cada empreendedor terá direito a três horas de capacitação online. Primeiro, os mentores irão revisar a apresentação Power Point da startup criada pelos próprios empresários para melhorar e revisar o modelo de negócios e a proposta de valor do projeto. Posteriormente, o empresário será treinado em inglês para apresentar a empresa, modelar o discurso de venda e usar corretamente o idioma. Na véspera do TechCrunch Disrupt, no dia 7 de setembro, eles ainda participarão de um treinamento presencial de oito horas no escritório de negócios da Apex Brasil, em São Francisco.

Além das 30 startups que participarão de todo o processo, mais quatro empresas de Alagoas, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina que se cadastraram e já haviam recebido o treinamento anteriormente poderão participar da capacitação presencial em São Francisco.

Esta será a terceira vez que Guilherme Mynssen irá aos Estados Unidos buscar parceiros estrangeiros. Em duas dessas oportunidades, o empresário foi apoiado pelo Sebrae e pela Apex. Ele é um dos sócios do site ChefsClub, uma startup lançada no Rio de Janeiro em maio de 2012 e que hoje está presente em 19 cidades brasileiras. O ChefsClub é um serviço que concede descontos até 50% para assinantes do site em restaurantes conveniados.

Em pouco mais de dois anos, o negócio conseguiu conveniar mais de 900 restaurantes que oferecem descontos para os cadastrados no clube, que pagam uma assinatura anual de R$ 120 e podem utilizar os serviços o ano todo. Até hoje, a startup recebeu apenas recursos de investidores-anjo brasileiros, mas espera entrar de vez no mercado internacional ao participar de eventos como o TechCrunch Disrupt. “Para nós é muito importante estar no Vale do Silício e ter contato com pessoas que estão em um ambiente de negócios muito mais avançado que o nosso. Estamos conversando com potenciais investidores e esperamos mostrar nossa evolução. Assim, eles vão confiar no nosso negócio e ficar seguros para investir na gente”, afirma.

Bernardo Kircove, sócio da startup Edools, vai para os Estados Unidos pela primeira vez em busca de investidores para acelerar o crescimento da empresa. Lançado no mercado em junho do ano passado, o edools é uma plataforma de ensino à distância utilizado por empresas e instituições gerenciarem cursos online. No primeiro ano de operação da empresa, mais de 400 clientes foram conquistados e 15 mil alunos já estudaram por meio da plataforma. “Temos bastante experiência em apresentar nossa empresa, nosso pitch está bem estruturado para o mercado nacional, mas queremos acumular conhecimentos para encarar o mercado global”, conta. O pitch é uma apresentação de três a cinco minutos para conquistar possíveis investidores ou clientes.

A startup criada por Diego Libânio, o aplicativo de relacionamentos Nowme, está em estágio inicial de operação: só foi lançada ainda na versão android e está se preparando para entrar no sistema IOS. Ele vai ao Vale do Silício em busca de uma aceleradora que o ajude a consolidar o negócio. “Com ajuda do Sebrae, esperamos melhorar o nosso pitch aos olhos do investidor, pois sabemos que ele é muito voltado para o usuário e para o parceiro”, diz.

Fonte: Sebrae

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