Roupas inspiradas em modelos das grifes Prada, Gucci e Chanel, guias com cristais Swarovski e móveis com tecidos finos e madeira nobre atraem consumidores em busca de produtos de luxo para cães e gatos.
A Petit Maurice, de Porto Alegre (RS), especializou-se em roupas e acessórios para cães de pequenos e médio portes e vem comercializando de 50 a 100 peças por mês. O carro-chefe das vendas são as roupas de malha e couro desenhadas pela empresária Marcia Bonorino.
Uma das peças mais caras da empresa, que está no mercado desde 2011, é uma bolsa de couro para transportar animais, que custa R$ 1.600.
As grifes Prada, Gucci e Chanel servem de inspiração para a estilista gaúcha. O preço das roupas varia de R$ 130 a R$ 300. A maior parte das vendas é feita nas regiões Sul e Sudeste.
"Sou muito ligada à moda e quis transmitir um pouco disso para o mercado pet", diz a estilista.
Há um ano no mercado, a Dubai Pet, de Araçoiaba da Serra (SP), fabrica móveis e acessórios para cães e gatos, com preços que variam de R$ 212 (cama redonda) a R$ 494 (namoradeira).
Charley Ferreira Lopes, dono da empresa, diz que optou por produzir modelos clássicos e modernos por acreditar que o mercado gosta de peças com design diferenciado e com acabamento de alta qualidade.
"Nossas peças são feitas com madeira nobre e tecidos de qualidade. Quem procura um produto com este perfil não se preocupa com o preço, mas com a qualidade", diz. Atualmente a empresa vende a média de 200 unidades por mês.
Outra empresa que investe no mercado de luxo para pets é a multinacional Flex. Com sede na Alemanha, a companhia produz guias retráteis e investe em tecnologia e no acabamento dos produtos. As peças são fabricadas com plástico polido e o couro é costurado a mão.
A companhia, que está há 40 anos no mercado, também oferece uma linha de guias de luxo com cristais austríacos Swarovski.Os preços variam de R$ 600 (guia retrátil com 30 cristais) até R$ 750 (guia retrátil com 100 cristais).
Alto investimento e mão de obra qualificada são preocupações
O Brasil é o segundo maior mercado pet do mundo, ficando atrás somente do norte-americano, segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação).
De acordo com o consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa), Ricardo Borgheresi Calil, a tendência de crescimento do setor se manterá nos próximos anos, mas o empreendedor disposto a investir nesse nicho precisar ter cuidados.
Segundo ele, por se tratar de produtos sofisticados, o investimento não é pequeno. "É preciso planejar a gestão financeira, especialmente o capital de giro, pois é importante para manter o equilíbrio financeiro no primeiro ano."
Além de planejar a gestão financeira, Calil afirma que é preciso qualificar a mão de obra. Segundo o consultor, o consumidor de produtos sofisticados é mais exigente porque o investimento na roupa do animal reflete também o seu status social.
"Por se tratar de um serviço que envolve um animal de estimação, o consumidor com mais poder aquisitivo quer um serviço de primeira, mas há pet shops que não estão atentos a isso e ocorrem reclamações".
Fonte: Uol
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