O Restorando, plataforma online de reservas em restaurantes, começou a operar em mais três cidades da América Latina: Lima (Peru), Montevidéu (Uruguai) e na Cidade do Panamá. Criada há três anos, a empresa agora atua em sete países – lançado no Brasil e na Argentina, o Restorando também está na Colômbia e no Chile.
De acordo com Otavio Calixto, diretor-geral da empresa, Lima, Montevidéu e Cidade do Panamá foram escolhidas por terem uma cultura gastronômica mais desenvolvida e um bom tráfego online de restaurantes. A expansão se tornou possível por conta de um investimento de R$ 30 milhões, recebido em novembro do ano passado de diversos fundos. A empresa afirma que cerca de 15% do capital foi utilizado para chegar a Peru, Uruguai e Panamá.
Os usuários do Restorando não pagam nada pela reserva em um dos mais de 2 mil restaurantes cadastrados na plataforma. De quebra, ainda há a possibilidade de conseguir algum tipo de benefício ao garantir a mesa. De acordo com Calixto, cerca de 20% dos estabelecimentos oferecem desconto no valor final da conta. Em outros casos, o agrado pode ser um drink ou uma sobremesa gratuita.
O modelo de receita do Restorando é baseado na cobrança dos restaurantes por reserva realizada. O valor é o mesmo, não importa o tamanho da conta. "Cada estabelecimento paga R$ 3,50", diz o diretor.
Os estabelecimentos interessados em se unir ao Restorando podem entrar em contato por meio do site da empresa. Calixto afirma que a startup conta com um time treinado para otimizar os resultados da parceria. "Ajudamos os restaurantes a escolher o melhor benefício ao cliente, já que em alguns casos uma sobremesa grátis surte mais efeito que um desconto. Também os orientamos a oferecer reservas em horários de menor movimento, para que o restaurante não fique lotado."
Sem traumas das compras coletivas
Quando perguntado sobre a possibilidade dos descontos causarem problemas semelhantes aos trazidos pelos sites de compras coletivas – superlotação e atendimento ruim, dentre outros – Calixto diz que a qualidade do serviço é essencial. "É importante lembrar que os benefícios não são obrigatórios. Nossa equipe estuda cada parceria e verifica a qualidade dos restaurantes. Temos 95% de satisfação dos nossos usuários", afirma.
Quando perguntado sobre a concorrência do Groupon, que remodelou seu modelo de negócio e deve lançar um site de reservas ainda neste ano, o diretor-geral demonstra tranquilidade. "Confiamos na qualidade do nosso serviço. Quanto ao Groupon, não vejo a empresa como uma grande ameaça, pelo menos no curto prazo", diz Calixto.
Expansão e foco no Brasil
Apesar da chegada a outros três países, o foco principal do Restorando é ampliar sua base nas cidades em que já atua. O aumento no número de estabelecimentos brasileiros, inclusive, é visto como essencial para o negócio como um todo. "O Brasil é o nosso grande mercado. É aqui que temos o fluxo mais forte de restaurantes, usuários e receita", diz Calixto.
No Brasil, o Restorando faz reservas para estabelecimentos de seis cidades: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Para se ter uma ideia da força do mercado local, só a capital paulista tem cerca de 800 restaurantes cadastrados. "Temos uma estratégia de crescimento diferente do que é visto no mercado. Preferimos aumentar nossa influência onde já estamos", diz ele.
Com a iminência da Copa do Mundo, o Restorando está preparando uma plataforma trilíngue, com informações em português, espanhol em inglês, a fim de ajudar os turistas. "Queremos que os usuários criem roteiros gastronômicos antes de chegar aos seus destinos”, afirma o diretor.
O Restorando não informa valores de faturamento, mas quer aumentar bastante a receita e os números de reservas neste ano. "Queremos crescer entre 300% e 400%", segundo Calixto.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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